Junho: Mês do Orgulho LGBTQIA+

O mês de junho é considerado um mês de comemoração e orgulho para a comunidade LGBTQIA+ devido ao início de suas conquistas contra o preconceito, que ocorreu de forma marcante no dia 28 de junho de 1969 (hoje considerado dia internacional do orgulho LGBTQIA+) em Nova York.

A data marca o início da rebelião de Stonewall, que foi uma sequência de manifestações devido a invasão de policiais no bar Stonewall Inn em Manhattan, que na época era um dos poucos locais que aceitavam a entrada de pessoas abertamente homossexuais.

A invasão de policiais em bares gays era algo muito comum na década de 60 e até mesmo algo rotineiro, mas após invadir o bar Stonewall e prender treze pessoas que estavam ali. Durante a ação os policiais foram agressivos por nenhum motivo além de homofobia e preconceito contra os frequentadores do bar.

Relatos afirmam que ao tentarem prender uma mulher sáfica no local, o policial que estava segurando-a bateu sua cabeça na viatura e ela começou a pedir ajuda. As pessoas foram para cima dos policiais que precisaram se esconder dentro do bar até a chegada de mais viaturas e do corpo de bombeiros. Após esse acontecimento ocorreram diversas manifestações por cinco dias em busca dos direitos iguais a todos independente de sua sexualidade ou gênero.

A rebelião de Stonewall teve diversos impactos na vida da comunidade LGBTQIA+, ajudando na aceitação e na percepção de que não deveriam ter medo de ser quem são ou de se defender do preconceito da sociedade. Um ano após a invasão milhares de pessoas marcharam do local do bar até o Central Park, essa marcha hoje em dia é conhecida como a primeira parada LGBT+.

O acontecimento de Stonewall também fez com que organizações ativistas procurassem defender os direitos da comunidade. Como exemplo de organizações fundadas após a rebelião temos a Frente de Libertação Gay em 1969 e a Human Rights Campaign (Campanha dos Direitos Humanos) em 1980. Anos depois também teve a eleição de Harvey Milk em 1978 que foi o primeiro homem gay a fazer parte de um cargo público e um dos responsáveis por criar a bandeira arco-íris que até hoje representa a comunidade.

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Hoje em dia, 53 anos após a rebelião, podemos ver que a comunidade ainda luta pelos seus direitos e principalmente contra o preconceito que vêm da sociedade. É muito importante para pessoas LGBTQIA+ que pelo menos por um mês no ano elas possam abertamente se orgulhar de quem são e se sentir seguras com sua sexualidade e/ou gênero, que possam ter o apoio da mídia e das pessoas a sua volta.

Nesse mês elas podem comemorar as vitórias que tiveram até agora, mas também pensar nos obstáculos que ainda precisam ser superados. É importante que pessoas que não fazem parte da comunidade pensem sobre seu preconceito e como isso afeta a felicidade de outras pessoas, é esperado que uma história cheia de luta e empecilhos possa ter sua vitória comemorada. 

 Com supervisão de Yeda Vasconcelos, jornalista do Meon Jovem.