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Medicina Veterinária: Uma medicina que merece mais valorização

Confira mais um texto participante do Meon Jovem

EE Francisco Marques de Oliveira Júnior -  Lorena

Escrito por Ingryd De Oliveira Guimarães

29 JUN 2023 - 15H50 (Atualizada em 29 JUN 2023 - 15H57)

Divulgação

A medicina veterinária é uma das profissões mais antigas e respeitadas do mundo, tendo como seu objetivo principal cuidar da saúde e bem estar dos animais. Ao longo do tempo, a atuação de profissionais na medicina se expandiu, passando a, não apenas cuidar de animais, mas também a promoção a saúde pública, a pesquisa científica, o ensino e a gestão de negócios.

Neste contexto, estarei contanto como a medicina veterinária chegou ao Brasil e porquê ela merece mais valorização no mercado de trabalho. Ano a ano, o número de faculdades de Medicina Veterinária no Brasil aumenta. São, em média, 479 cursos disponíveis para os futuros profissionais. Enquanto isso, nos Estados Unidos, são 32. E até mesmo na China, que contém o maior número de médicos veterinários ativos, tem apenas 22 escolas de medicina veterinária. Os dados são do Ministério da Educação (MEC) e do Conselho Federal de Medicina Veterinária.

Em uma década, o número de alunos que concluíram a graduação em Medicina Veterinária praticamente dobrou no Brasil. Em 2010, segundo o censo da Educação Superior, foram 6.229 estudantes; em 2018, a quantia saltou para 11.907.

Mas, para que a quantia fosse alcançada, a medicina teve um longo trajeto para chegar ao país.

Como e onde surgiu a Medicina Veterinária?

Em 1890, no Egito, foi encontrado o “Papiro de Kahoun” e o mesmo descreve fatos relacionados à arte de curar animais, ocorridos há 4.000 anos a.C., indicando procedimento de diagnóstico, prognóstico, sintomas e tratamento de doenças de diversas espécies.

Documentos históricos mostram que a Medicina voltada aos animais era praticada há 2.000 anos a.C. em regiões da Ásia e da África, do Egito à Índia Oriental. Na Europa, os primeiros registros são da Grécia, no século seis a.C., onde em algumas cidades eram reservados cargos públicos para os que praticavam a cura dos animais, os chamados hipiatras.

Da era cristã, em Bizâncio (atualmente, Istambul), foi identificado um verdadeiro tratado enciclopédico de meados do século seis, chamado Hippiatrika, compilado por diversos autores, entre os quais Apsirtos, considerado, no mundo ocidental, o pai da Medicina Veterinária.

Organizada por critérios científico, a Medicina Veterinária moderna começou a se desenvolver com o surgimento da primeira escola de Medicina Veterinária do mundo, em Lyon, na França, durante o reinado de Luiz VX, em 1761. Este primeiro centro mundial de formação de médicos-veterinários começou a funcionar com oito alunos, em 1762. Passados anos depois, no final do século 18, já funcionavam por toda Europa 17 escolas.

Como a Medicina Veterinária chegou ao Brasil?

Admirado pelas Ciências Agrárias no Brasil, D. Pedro II viajava pelo mundo à procura de novidades nas mais diferentes áreas do conhecimento com o intuito de proporcionar desenvolvimento intelectual e econômico ao País. Em 1875, visitou a Escola Veterinária de Alfort, na França, e voltou com o desejo de criar algo parecido.

Após tanto esforço, no início do século 20, já na República, foram fundadas duas instituições de Médica Veterinária, sendo elas as primeiras do país. A escola de Veterinária do Exército foi criada em 1910 e aberta em 17 de Julho de 1914, e a escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária, também foi criada em 1910, mas aberta em 4 de Junho de 1913, ambas na cidade do Rio de Janeiro.

A primeira instituição em São Paulo teve origem no Instituto de Veterinária, órgão subordinado à Secretaria de Agricultura do Estado. Criado pela Lei nº 1.597, de 31 de dezembro de 1917, funcionava nas dependências do Instituto Butantan. Com a função de desenvolver pesquisas para a prevenção de zoonoses e dar apoio ao Agronegócio, teve as atividades iniciadas em 1919.

Foi então, em 1924 que passou a funcionar no bairro da Aclimação e quatro anos depois recebeu o nome de Escola de Medicina Veterinária. Mais tarde, em 1934, foi denominada Faculdade de Medicina Veterinária, sendo uma das seis unidades que deram origem à Universidade de São Paulo. Em 1969, agregou o curso de Zootecnia, do Instituto Butantan, e foi instalada no campus principal da Cidade Universitária.

Apesar das primeiras escolas brasileiras serem fundadas no início do século 20, a profissão só foi reconhecido em 9 de setembro de 1933, por meio do Decreto nº 23.133, assinado pelo presidente Getúlio Vargas..

Ao passar dos anos, milhares e milhares de pessoas decidiram seguir a profissão no Brasil, mas pela desvalorização da profissão, a falta de recursos financeiros, a existência de inúmeros dilemas éticos e morais, e o cyberbullying levam um em cada seis médicos veterinários pensar em suicídio. Essa desvalorização vem da falta de articulação social e política, o que causa pouco reconhecido na área de saúde e a desvalorização, infelizmente, fazendo com que a profissão seja tratada com inferioridade em relação a profissionais que trabalham na área de saúde humana.

Apenas os fatos de que a Medicina Veterinária previne, controla ou erradica doenças garantindo saúde animal e a qualidade de alimentos de origem animal para a população já nos faz pensar o por quê de valorizar mais essa profissão. Mas, muito felizmente, a cada ano que passa, a profissão está sendo reconhecida e se tornando cada vez mais importante pelas ações exercidas pelos profissionais na área, o quê é bom! Porque faz cidadão repensarem em valorizar uma medicina que é sim muito importante para a sociedade.

Escrito por:
EE Francisco Marques de Oliveira Júnior -  Lorena
Ingryd De Oliveira Guimarães

8º ano do Ensino Fundamental II - EE Prof Francisco Marques de Oliveira Júnior - Lorena

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