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Pronomes nas redes sociais: entenda o movimento

Você sabe o motivo por trás da adição de pronomes nos perfis pelas redes sociais e o porquê deste movimento ser tão importante para a sociedade?

Julia Moura recortada (Arquivo pessoal)

Escrito por Júlia Moura de Siqueira

09 SET 2021 - 11H49 (Atualizada em 09 SET 2021 - 12H04)

O movimento que iniciou-se com a adição arbitrária de pronomes na bio de usuários de redes sociais, mobilizou a internet tão intensamente que aplicativos como Instagram e Pinterest recentemente adicionaram a função “pronomes” em suas configurações. No entanto, você sabe de onde surgiu esse movimento e por que ele é tão importante?

A transfobia, movimento de intolerância direcionado aos transsexuais, atinge violentamente esta minoria, seja através de agressões físicas, ou de violências morais por meio das redes sociais.

Assim, intolerantes, diante de perfis de usuários trans, passaram a tratá-los e ofendê-los por meio de pronomes distintos dos quais os afetados atendiam. Além da invalidação de sua identidade de gênero, a ação criava palco para que outros tipos de xingamentos fossem utilizados, à medida que reivindicavam o uso de seus pronomes corretos.

Surgiu então o movimento dos pronomes na bio, no qual não somente transsexuais, como todos que tivessem o mínimo interesse em ajudar e lutar contra o preconceito, passaram a adicionar seus respectivos pronomes em suas redes sociais, na área logo abaixo (ou no caso da nova configuração do Instagram, ao lado) do nome de usuário.


Instagram da personalidade artística Sara Ramirez, que recentemente anunciou que identifica-se como uma pessoa não-binária, atendendo pelos pronomes neutros e femininos.


Desse modo, além de evitar confusões no momento de direcionar-se a aquele usuário, a ação também traz maior visibilidade a luta trans, que é por muitas vezes pouco enfatizada ou ignorada pela mídia. Vale ressaltar que, de acordo com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), apenas em 2020, 175 travestis e mulheres transexuais foram mortas no Brasil, um aumento de 41% em relação ao ano anterior.

Tem-se então que, apesar de parecer simples, o ato de adicionar "ela/dela'', ou de seus respectivos pronomes, pode contribuir para um futuro melhor para os transexuais que lutam por respeito.

Com supervisão de Yeda Vasconcelos, jornalista do Meon Jovem. 



Escrito por:
Julia Moura recortada (Arquivo pessoal)
Júlia Moura de Siqueira

2ª ano do Ensino Médio - Colégio Embraer Juarez Wanderley - São José dos Campos

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