Em 2019, no dia 24 de abril, a Lei n.º 13.816 foi aprovada e determina que o nome de Dandara dos Palmares e Luiza Mahim sejam inscritos no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília. Neste livro, estão registrados os nomes de brasileiros ou grupos que tenham contribuído significativamente na construção ou defesa do país, de acordo com o documento assinado por Luiz Inácio Lula da Silva, em 2007. Mas afinal quem foram essas mulheres que pouco aparecem nos livros de histórias?
Dandara dos Palmares não possui registros de nascença nem de país de origem, entretanto tem-se o conhecimento que além de esposa do Zumbi dos Palmares exerceu um papel fundamental na luta contra o sistema de escravidão existente durante o século 17(XVII), sendo líder de um dos maiores quilombos da Ámerica. Há poucas informações oficiais acerca de sua trajetória, mas sabe-se que lutou com armas pela libertação definitiva dos indivíduos escravizados e rompeu com os padrões de gênero impostos às mulheres da época através de sua luta e trajetória, posicionando-se contra o governo e tratados para proteger o quilombo de Palmares. Dandara foi capturada e para não voltar à condição de escrava suicidou-se, em 6 de fevereiro de 1694.
Luiza Mahin nasceu em Costa Mina, no continente africano, mas assim como Dandara não há registro do ano e do dia de seu nascimento. Ela foi trazida ao Brasil, no início do século 19, na condição de escrava. Negou o batismo e a doutrina cristã, mantendo sua religião de origem: o islasmismo. Protagonizou a Revolta dos Malês (1835) e a Sabinada (1837-1838) que ocorreram na Bahia- sua participação foi tão importante que, em caso de sucesso, ela seria nomeada Rainha da Bahia. Após a descoberta de seu envolvimento nos levantes, Luiza foi para o Rio de Janeiro, onde foi detida e possivelmente deportada para a Angola, apesar de não haver nenhum documento que comprove essa informação. Luís Gama, seu filho, se tornou um importante poeta a favor do fim da escravidão e em um de seus poemas homenageia a mãe.
Apesar do pequeno conhecimento acerca de ambas devido ao apagamento do passado negro, sabe-se que elas foram muito importante na resistencia e combate à escravidão no país. A inscrição do nome dessas mulheres no livro de Heróis e Heroínas da Pátria é um marco inicial importante para a valorização da contribuição negra na formação da sociedade brasileira.
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