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Resenha: Vermelho, Branco e Sangue Azul

Conheça a história de comédia, romance e muita representatividade LGBT (que com certeza você irá se apaixonar)

Foto Mariana Pera (Redes Sociais)

Escrito por Mariana Pera de Almeida

13 DEZ 2021 - 17H31 (Atualizada em 13 DEZ 2021 - 17H44)

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“O que pode acontecer quando o filho da presidenta dos Estados Unidos se apaixona pelo príncipe da Inglaterra? Quando sua mãe foi eleita presidenta dos Estados Unidos, Alex Claremont-Diaz se tornou o novo queridinho da mídia norte-americana. Bonito, carismático e com personalidade forte, Alex tem tudo para seguir os passos de seus pais e conquistar uma carreira na política, como tanto deseja. Mas quando sua família é convidada para o casamento real do príncipe britânico Philip, Alex tem que encarar o seu primeiro desafio diplomático: lidar com Henry, irmão mais novo de Philip, o príncipe mais adorado do mundo, com quem ele é constantemente comparado ― e que ele não suporta. O encontro entre os dois sai pior do que o esperado, e no dia seguinte todos os jornais do mundo estampam fotos de Alex e Henry caídos em cima do bolo real, insinuando uma briga séria entre os dois. Para evitar um desastre diplomático, eles passam um fim de semana fingindo ser melhores amigos e não demora para que essa relação evolua para algo que nenhum dos dois poderia imaginar ― e que não tem nenhuma chance de dar certo. Ou tem?” Livro: Vermelho, Branco e Sangue Azul


O livro Vermelho, Branco e Sangue Azul (traduzido do título original Red, White and Royal Blue) é um livro de ficção do gênero comédia romântica. Lançado em 4 de novembro 2019, é o segundo livro de Casey McQuiston e em pouco tempo já se tornou um best-seller, na indicação de 1° lugar entre os romances adolescente contemporâneo mais lidos da Amazon.

Não vou mentir que desses tempos para cá eu entrei na minha pior ressaca literária, acho que fazia quase uns dois ou três anos que eu não pegava algo para ler sem ser os livros obrigatórios da escola. E o que isso tem a ver com Vermelho, Branco e Sangue Azul? Depois de ver várias vezes a recomendação dele no famoso “BookTok” eu criei a coragem para lê-lo. E que ótima decisão! O livro publicado pela editora “Seguinte” é perfeito para todos aqueles que desejam sair da ressaca literária, que apesar de assustar um pouco com suas quase 400 páginas, elas passam tão rápido que parece um sonho de tão cativante.

“Não importa de onde você venha ou quem seja a sua família; você sempre pode ser incrível se for verdadeiro consigo mesmo.” Livro: Vermelho, Branco e Sangue Azul


Nosso protagonista, Alex Claremont-Diaz (que também é o narrador da história) é o filho mais novo da primeira presidente mulher na história dos Estados Unidos. Seu sangue metade mexicano e metade texano corre pela política, e agora com 21 anos ele está dedicado a seguir esse caminho. Junto de sua irmã June e sua melhor amiga Nora, que por acaso é neta do vice-presidente dos EUA, eles formam o Trio da Casa Branca, o queridinho da mídia.

Em contrapartida conhecemos Henry, o galante príncipe da Inglaterra, que pasmem, é o arqui-inimigo do nosso narrador. Se Alex é conhecido por ser o personagem mais boca suja da literatura, Henry é o contrário. Construído para se portar digno da família real, o galã de cabelos louros é delicado e educado, um sonho de qualquer garota (além de ser nerd, fofo, e eu já disse... lindo?).

“Henry solta outro suspiro potente. Ele vive suspirando quando fala com Alex. É incrível que ainda reste algum ar em seus pulmões.” Livro: Vermelho, Branco e Sangue Azul


Mas afinal, o que é um enemies to lovers se eles não são obrigados a se encontrar alguma hora? O príncipe Philip, irmão de Henry, está para se casar e a saudosa família americana foi chamada. Sem dúvidas essa é uma das partes mais tensas e engraçadas; durante uma briguinha besta de criança (bem proveniente vindo dos dois), Alex e Henry caem com tudo no bolo real de 75.000 dólares (eu infartava), obviamente o destruindo por inteiro no meio da festa. Imaginem a notícia em todos os jornais internacionais: a Batalha Real, Alex Claremont-Diaz desencadeia a segunda guerra Anglo-saxônica.

E agora, como eles irão fazer para manter as relações em paz de novo? Como fazer para mostrar para mídia que a aliança entre as duas nações está melhor que nunca? E afinal, como vai ser a carreira de Alex na política depois que o principezinho “ajudou a estragar tudo”? Calma, calma, talvez nem tudo esteja perdido assim. Para acalmar os ânimos a Casa Branca e a monarquia Inglesa decidem que os dois terão que passar um final de semana totalmente juntos, a fim de mostrar para a mídia mundial como eles são melhores amigos.

“Estamos presos um ao outro, goste ou não, então tenho o direito de saber qual é o seu lance antes que me pegue de surpresa.” Livro: Vermelho, Branco e Sangue Azul


E no que isso resulta? Em muito surto, histórias de amor, risadas, e acima de tudo: tretas! Mas claro, que para você saber o resto terá que ler mais sobre como tudo isso se desenvolve.

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Livro em capa dura


A trama de Casey McQuiston tem uma das melhores traduções para o português que eu já vi! A edição nacional foi adaptada com muitas gírias atuais como “macho palestrinha”, “sem tempo, irmão”, “se peguem de uma vez”, “o berro que eu dei”, “você não fez mais que sua obrigação”; e muitas outras que fazem com que o leitor se identifique com a narrativa dentro da nossa linguagem.

“Então, você sente que é para sempre sobre ele?” Livro: Vermelho, Branco e Sangue Azul


Além de ter uma estrutura muito inovadora, com poemas, bate-papos, caixas de e-mail (muitos e-mails rsrs), e alguns folders de campanha política. Infelizmente, vi relatos de que essas partes especiais do texto não se encaixavam muito bem na estrutura Kindle, portanto a experiência se torna melhor ao ler no físico (principalmente agora que saiu a versão apaixonante em capa dura, quero muito para ter um).

Lembra de como eu falei de representatividade mais cedo? Só nesse livro temos:

• Uma mãe presidente viciada em powerpoint

• Um padrasto totalmente fora dos padrões da masculinidade

• Duas irmãs dispostas a tudo para defender os irmãos

• Uma melhor amiga sem apego de gênero

• Um melhor amigo topa tudo

• Uma funcionária trans

“História, hein? Aposto que poderíamos fazer história.” Livro: Vermelho, Branco e Sangue Azul


Vermelho, branco e sangue azul é com certeza uma loucura total. Um mix de sentimentos que só lendo tem como viver ele na pele. É aquele tipo de história que você solta umas risadas bobas logo no início, quando vê já se apaixonou por completo, e aí vem um tombo de lágrimas no plot da história. Esse livro é daqueles que depois de um mês eu ainda não tinha conseguido superar que eu acabei de tanta saudade.

Tudo que eu tenho a dizer é recomendar com todas as forças a leitura, também aproveitar para fazer um merchant que nossa escritora lançará um novo livro chamado “Última Parada” no dia 18 de janeiro, e anunciar a confirmação da transformação da história de nossos meninos em filme.

“Você pode pegar o seu legado e o seu decoro e enfiar no rabo, Philip. Para mim já chega.” Livro: Vermelho, Branco e Sangue Azul

Com supervisão de Yeda Vasconcelos, jornalista do Meon Jovem.





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Foto Mariana Pera (Redes Sociais)
Mariana Pera de Almeida

2ª ano do Ensino Médio - Colégio Embraer Juarez Wanderley - São José dos Campos

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