O influenciador Hytalo Santos e o marido dele, Israel Nata Vicente, seguem presos em São Paulo após serem detidos na última sexta-feira (15) em Carapicuíba, na Grande São Paulo, por determinação da Justiça da Paraíba. A defesa do casal apresentou, nesta segunda-feira (18), um pedido para que eles sejam transferidos para a P2 de Tremembé, no interior paulista, conhecida como o “presídio dos famosos”.
Segundo os advogados, a unidade prisional seria “condigna com suas condições pessoais e as particularidades do caso concreto, em respeito à dignidade da pessoa humana”. Até o momento, a Justiça não se manifestou sobre o pedido.
Após a prisão, Hytalo e Israel foram levados ao Centro de Detenção Provisória Pinheiros I, na Zona Oeste da capital paulista. A unidade enfrenta superlotação, com cerca de 350 presos acima da capacidade prevista de 521 pessoas.
O casal é investigado pelo Ministério Público da Paraíba (MP-PB) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) por exploração e exposição de crianças e adolescentes e tráfico humano em conteúdos publicados nas redes sociais. As denúncias ganharam repercussão nacional após a divulgação de um vídeo de 50 minutos produzido pelo influenciador Felca (Felipe Bressanim Pereira), que expôs como menores eram explorados e “adultizados” em produções feitas por Hytalo.
Felca afirmou que levou um ano para reunir provas antes da publicação do material. Segundo a investigação, as crianças e adolescentes ficavam hospedados em uma mansão comprada por Hytalo na Paraíba, usada como cenário para os vídeos.
Depois da repercussão do vídeo, o casal deixou a residência na Paraíba e se mudou para São Paulo, alugando uma casa em Carapicuíba. A Justiça entendeu a viagem como uma tentativa de fuga e atendeu ao pedido do MP para decretar as prisões preventivas. Além disso, determinou a derrubada das redes sociais dos investigados.
De acordo com o juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa, da 2ª Vara da Comarca de Bayeux (PB), a transferência de Hytalo e Israel para a Paraíba deve ocorrer “o mais rápido possível”. No último sábado (16), a Justiça paraibana já havia negado pedido de liberdade apresentado pela defesa.
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