As operadoras de planos de saúde médico-hospitalares no Brasil registraram um lucro líquido de R$ 6,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025, mais que o dobro do valor obtido no mesmo período de 2024 (R$ 3,1 bilhões), segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgados nesta terça-feira (3).
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Esse resultado representa o maior lucro para o intervalo de janeiro a março desde o início da série histórica da ANS, em 2018. O recorde anterior para o primeiro trimestre havia sido registrado em 2019, com R$ 3,9 bilhões, antes da pandemia.
A ANS destacou que o desempenho consolida a recuperação do resultado operacional do setor, que alcançou R$ 4,4 bilhões, o maior patamar da série histórica para o primeiro trimestre. Esse indicador considera a diferença entre receitas e despesas diretamente relacionadas às operações de assistência, excluindo ganhos financeiros.
No total, considerando planos médico-hospitalares, odontológicos e empresas administradoras de benefícios, o lucro líquido foi de R$ 7,1 bilhões no primeiro trimestre de 2025, um aumento de 114% em relação ao mesmo período do ano anterior (R$ 3,3 bilhões).
Apesar dos resultados positivos, o setor de planos de saúde enfrenta críticas de consumidores, que apontam problemas como cancelamento de contratos e reajustes nas mensalidades. Por outro lado, as operadoras alegam aumento nos custos médios dos serviços devido à incorporação de novas tecnologias e ao envelhecimento da população, que eleva a demanda por atendimentos de saúde.
Marina Paullelli, coordenadora do programa de saúde do Instituto de Defesa de Consumidores (Idec), afirmou que a sustentabilidade econômica é frequentemente usada para justificar práticas prejudiciais aos consumidores, especialmente em planos coletivos, caracterizados por altos reajustes e cancelamentos imotivados. Ela destacou que os dados recentes da ANS indicam que os supostos riscos econômicos não se confirmam na prática.
A Folha solicitou avaliações sobre os dados divulgados pela ANS à Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) e à Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
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