Brasil

TST gasta R$ 8,6 milhões por ano em manutenção de imóveis

Serviços vão de troca de lâmpadas a instalação de TVs

Escrito por Meon

06 SET 2025 - 12H30

reprodução

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) mantém um contrato anual de R$ 8,6 milhões para serviços de manutenção predial em imóveis funcionais ocupados por seus ministros, em áreas nobres de Brasília. A empresa terceirizada Renovar Engenharia é responsável por tarefas que vão desde reparos hidráulicos e elétricos até pedidos como instalação de eletrodomésticos, troca de lâmpadas, ajuste de móveis e até pendurar quadros.

Em casos específicos, a empresa chegou a atuar em residência particular de um ministro, Alexandre Luiz Ramos, para reparos em rede de internet. O TST justificou a medida alegando tratar-se de fornecimento de “rede segura” para acesso remoto aos sistemas da corte.

Desde abril de 2022, a Renovar já recebeu R$ 15,7 milhões. Em 2024, foram pagos R$ 6,38 milhões, e até agosto deste ano já foram R$ 3,3 milhões. O contrato está no 11º aditivo e segue até abril de 2026.

Serviços solicitados

Entre os pedidos atendidos pela empresa, estão:

ajuste de cama em apartamento do ministro Alexandre Agra Belmonte;

troca de lâmpadas brancas por amarelas no imóvel do ministro Alberto Bastos Balazeiro;

instalação de TV de 50 polegadas e máquina de lavar louças, também no apartamento de Balazeiro;

colocação de quadros na residência do ministro Aloysio Corrêa da Veiga;

instalação de varal no apartamento do ministro Amaury Rodrigues Pinto Júnior.

Atualmente, o TST mantém 15 imóveis funcionais em regiões valorizadas da Asa Sul e Asa Norte. Dos 27 ministros, apenas 15 ocupam esses imóveis; um deles recebe auxílio-moradia, limitado a R$ 4,3 mil por mês.

Outros gastos

O tribunal já vinha sendo alvo de críticas por manter uma “sala VIP” no aeroporto de Brasília, exclusiva para seus ministros, ao custo de R$ 1,5 milhão por ano. Além disso, em 2023, gastou R$ 10,3 milhões na compra de sedãs híbridos de luxo da marca Lexus, ao valor de R$ 346,5 mil cada.

Procurado, o TST afirmou que todos os serviços são considerados “manutenção” e que não divulga informações sobre imóveis e ocupantes por questões de segurança.

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