Brasil

Veja alertas para riscos de crianças e adolescentes nas redes sociais

Especialistas dão dicas de como prevenir de conteúdos impróprios

Escrito por Meon

19 AGO 2025 - 10H30 (Atualizada em 19 AGO 2025 - 12H01)

Michael M. Santiago

Especialistas têm chamado a atenção para os riscos que crianças e adolescentes enfrentam nas redes sociais, que vão desde a exposição a conteúdos inapropriados até o uso de imagens por redes de pedofilia. O Brasil aparece como o quinto país com maior número de denúncias de pornografia infantil, segundo a Safernet, o que reforça a necessidade de maior proteção digital para esse público.

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 Alertas em ambiente online infantil

Redes sociais não são ambientes seguros

Especialistas alertam que as redes representam riscos reais: imagens de crianças — mesmo as mais corriqueiras — podem acabar nas mãos de redes de pedofilia. A coordenadora-geral de pesquisa do Netlab, Débora, observa que famílias muitas vezes "produzem conteúdo… que de alguma forma são ressignificados por redes de pedofilia".

O cuidado precisa ser constante, tanto no consumo quanto na publicação de conteúdo.

A urgência do letramento digital nas escolas

O Brasil ocupa a quinta posição mundial em denúncias de pornografia infantil, com mais de 52 mil casos reportados à Safernet apenas no ano anterior. O advogado Ariel de Castro Alves defende que a educação digital seja parte do currículo obrigatório em todas as escolas, públicas e particulares.

Infraestrutura pública de proteção — a tal “Rede de Assistência”

Mais do que a família, a responsabilidade pela proteção também recai sobre espaços como escolas, saúde, assistência social, Justiça e Ministério Público. A psicóloga Vládia Jucá destaca que essa rede deve estar articulada para detectar e agir diante de situações de risco — inclusive no ambiente virtual.

Guia oficial do governo sobre uso de telas

Em março de 2025, o governo federal lançou o guia “Crianças, Adolescentes e Telas”, após a sanção da Lei nº 15.100/2025, que proíbe o uso de aparelhos eletrônicos pelos alunos nas escolas, inclusive nos intervalos. As recomendações incluem:

Uso de telas só a partir dos 2 anos (com exceção para videochamadas familiares);

Não possuir smartphone antes dos 12 anos;

12 a 17 anos: uso com supervisão de responsáveis;

Inclusão digital acessível para jovens com deficiência;

Escolas devem repensar dispositivos em tarefas pedagógicas com crianças pequenas.

O cenário emocional: jovens sem apoio para lidar com o digital

Uma pesquisa apontou que 90% dos brasileiros acreditam que adolescentes não têm o suporte emocional e social necessário para navegar nas redes. Sete em cada dez defendem a presença de psicólogos nas escolas como medida essencial. Bullying, ansiedade e pressão estética estão entre os principais desafios identificados.

O que isso tudo significa?

Risco real e invisível: o ambiente digital não pode ser tratado como um espaço seguro por padrão. A exposição decorre muitas vezes da ingenuidade, e isso facilita abuso e criminalidade.

Responsabilidade compartilhada: famílias, escolas, plataforma digitais e o Estado devem agir de forma integrada, em uma rede articulada de proteção.

Estratégia educativa clara: regulamentação e orientação legal por um lado (guia do governo, leis), e educação — tanto digital quanto emocional — por outro.

Acolhimento emocional emerge como urgência: o debate sobre saúde mental digital não pode deixar de lado as escolas e a necessidade de apoio consistente para adolescentes.

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