A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) reforçou o atendimento para casos de intoxicação por metanol com a distribuição de 3 mil ampolas adicionais de antídoto para 21 centros de referência de saúde pública estadual nesta quarta-feira (8). Com a nova remessa, já são 5,5 mil ampolas de álcool etílico absoluto disponíveis para tratamento no estado.
A ação integra a estratégia do gabinete de crise montado pelo governo estadual para combater a contaminação de bebidas por metanol. Desde setembro, quando os primeiros casos foram confirmados, o Estado intensificou medidas de saúde, segurança e comunicação para alertar a população sobre os riscos do consumo de bebidas adulteradas.
Casos e tratamento
Atualmente, São Paulo registra 201 casos de intoxicação por metanol, sendo 181 em investigação e 20 confirmados. Há 11 mortes, das quais cinco foram oficialmente confirmadas — ocorridas entre 25 e 28 de setembro. Outros 111 casos foram descartados, incluindo 26 apenas nesta quarta-feira.
O tratamento segue protocolos técnicos definidos pela SES-SP. A quantidade de antídoto administrada depende da gravidade de cada caso. Para agilizar diagnósticos, foi reforçado o fluxo laboratorial da rede estadual: amostras de sangue e urina são enviadas ao Laboratório de Toxicologia Analítica Forense (LATOF) da USP, em Ribeirão Preto, e ao CIATox da Unicamp. Os laudos ficam prontos em até 24 horas, com apoio logístico do Instituto Adolfo Lutz (IAL).
Entre os sintomas que indicam intoxicação estão sonolência, tontura, náuseas, vômitos, dor abdominal, confusão mental, taquicardia, visão turva, fotofobia e convulsões. A SES-SP recomenda que pacientes com sintomas persistentes procurem atendimento médico imediatamente, já que as primeiras horas de tratamento são decisivas para salvar vidas e evitar sequelas permanentes.
Operações e destruição de garrafas
Paralelamente às ações de saúde, o governo estadual intensificou as operações de fiscalização. A Justiça de São Paulo autorizou a destruição imediata de 100 mil vasilhames apreendidos em investigações sobre adulteração. Os recipientes foram encontrados em uma empresa de recicláveis que comercializava garrafas de bebidas sem controle sanitário, de origem ou destinação.
Na terça-feira (7), uma força-tarefa encontrou uma fábrica clandestina de uísques falsificados no bairro Jardim São Judas Tadeu, em Campinas. Dois galões de 50 litros e 335 garrafas prontas para venda foram apreendidos. Na capital, três depósitos clandestinos foram descobertos em Santa Ifigênia, com mais de 70 mil vasilhames irregulares. Dois homens foram presos em flagrante.
Interdições e ações conjuntas
Nesta quarta-feira (8), mais um bar foi interditado na zona leste da capital paulista por condições sanitárias inadequadas e alimentos vencidos. Com isso, 12 estabelecimentos já foram interditados e 23 fiscalizados desde o início das ações, com apoio da Vigilância Sanitária Estadual, Procon-SP e Polícia Civil. A Secretaria da Fazenda suspendeu preventivamente a inscrição estadual de seis distribuidoras e dois bares.
O governador Tarcísio de Freitas se reuniu com representantes dos setores de bares, restaurantes e supermercados para alinhar medidas de prevenção, como treinamento de comerciantes, ações conjuntas e propostas legislativas para endurecer o combate à falsificação.
Balanço do gabinete de crise
Casos de intoxicação: 201 (181 em investigação, 20 confirmados, 111 descartados)
Mortes: 11 (5 confirmadas)
Apreensões: mais de 18,9 mil garrafas desde 29/9 (68,9 mil no ano); mais de 100 mil insumos e 378 mil rótulos apreendidos
Prisões: 45 pessoas, sendo 24 desde 29/9
Canais de denúncia
Suspeitas de bebidas adulteradas podem ser denunciadas de forma anônima pelo Disque Denúncia 181 ou no site www.webdenuncia.sp.gov.br
. O Procon-SP também recebe denúncias pelo Disque 151 ou em www.procon.sp.gov.br
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