O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, discursou nesta quinta-feira (25) na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, em um pronunciamento feito por videoconferência após ter o visto negado pelo governo dos Estados Unidos.
Abbas foi enfático ao dizer que “não haverá paz” sem a criação de um Estado palestino. Ele acusou Israel de cometer “crimes de guerra e contra a humanidade” nos ataques à Faixa de Gaza e afirmou que o governo de Benjamin Netanyahu utiliza a fome como arma de guerra, descumprindo os Acordos de Oslo de 1993.
Apesar das críticas, o líder palestino reiterou sua defesa de convivência pacífica com Israel e afirmou estar pronto para trabalhar com parceiros internacionais, incluindo o presidente norte-americano Donald Trump, na implementação do plano de paz recentemente aprovado na ONU.
Em relação ao Hamas, Abbas foi categórico: repudiou os ataques de 7 de outubro de 2023, declarou que as ações do grupo não representam o povo palestino e assegurou que o movimento islâmico não terá participação em um futuro governo em Gaza. Ele ainda pediu que o Hamas e outras facções entreguem suas armas à Autoridade Palestina, ressaltando que o objetivo é construir um Estado moderno e não armado.
O presidente palestino também celebrou a “onda de reconhecimentos” da Palestina como Estado, recebida nos últimos dias por países como Reino Unido, França, Canadá, Portugal e Malta. “Agradecemos os 149 países que já reconheceram a Palestina. Nosso povo não esquecerá”, afirmou.
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