Dois anos atrás, o grupo radical Hamas lançou um ataque surpresa contra comunidades no sul de Israel, matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando 251 reféns, segundo dados israelenses. O episódio desencadeou uma ofensiva militar massiva por parte de Israel, que se prolonga até hoje, transformando Gaza em um território devastado.
Israel respondeu com intensos bombardeios aéreos, cerco total e incursões terrestres, prometendo “eliminar completamente o Hamas”. O conflito rapidamente se expandiu, atingindo níveis de destruição e perda humana sem precedentes na região.
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O custo humano e a crise humanitária
Em Gaza
67 mil palestinos foram mortos, incluindo milhares de crianças, de acordo com autoridades locais.
Cerca de 169 mil ficaram feridos, muitos com amputações e sequelas permanentes.
Aproximadamente 1,9 milhão de pessoas — mais de 90% da população — foram deslocadas de suas casas.
22 dos 36 hospitais estão fora de operação, e os restantes funcionam de forma precária.
90% das escolas foram danificadas ou destruídas, deixando centenas de milhares de crianças sem aulas.
A ONU declarou situação de fome generalizada em agosto de 2025, com 30% da população passando dias sem comer.
A destruição também é massiva: ao menos 102 mil prédios foram destruídos, e estimativas com radar indicam danos em 191 mil edificações, cerca de 92% de toda a infraestrutura da Faixa de Gaza.
Em Israel
- Desde o início da guerra, 1.665 israelenses morreram, incluindo 466 soldados.
- 48 reféns ainda permanecem em cativeiro, e outros 57 foram encontrados mortos.
- Liberdade de imprensa sob ataque
Esta é a guerra mais letal para jornalistas na história recente: cerca de 300 profissionais de imprensa foram mortos, superando as perdas registradas nas duas Guerras Mundiais combinadas. O cerco israelense dificultou a entrada de repórteres estrangeiros, e a população local passou a desempenhar papel central na documentação da guerra.
Plano de paz e negociações no Egito
Em meio à destruição, novas negociações começaram nesta semana em Sharm el-Sheikh, no Egito. Delegações de Israel e do Hamas participam de conversas indiretas, mediadas por Egito, Catar e Estados Unidos, com base em um plano de 20 pontos proposto pelo presidente americano Donald Trump.
O plano prevê:
* Cessar-fogo imediato;
* Libertação de reféns e prisioneiros;
* Retirada gradual das tropas israelenses;
* Desarmamento do Hamas;
* Administração provisória internacional em Gaza;
* Transferência posterior para a Autoridade Palestina;
* Reconstrução supervisionada por organismos internacionais.
Segundo autoridades americanas, Israel já aceitou uma linha inicial de retirada, enquanto o Hamas demonstra abertura para libertar reféns e ceder o controle administrativo, mas ainda não se comprometeu a desarmar.
Entraves e riscos
Apesar do avanço diplomático, obstáculos sérios persistem:
* Divergências sobre cronogramas de retirada e garantias de segurança;
* Exigência israelense de desarmamento total do Hamas;
* Dificuldades práticas para localizar restos mortais de reféns;
* Divisões políticas internas em Israel sobre a aceitação de acordos.
Se o plano fracassar, analistas alertam para **o risco de retomada intensa das hostilidades**, com novas ofensivas militares e agravamento da crise humanitária — já considerada uma das piores do século XXI.
Linha do tempo do conflito
Out/2023 — Ataque do Hamas a Israel; início da guerra.
Nov/2023 a Fev/2024 — Bombardeios intensos e cerco total de Gaza.
Mar/2025— Operação Oz VaHerev rompe cessar-fogo temporário.
Mai/2025 — Operação Carros de Gideão amplia ofensiva israelense.
Ago/2025 — ONU declara fome generalizada em Gaza.
Out/2025 — Início de negociações no Egito com plano de paz de Trump.
Repercussão internacional
O conflito reacendeu debates globais sobre:
* Violações de direitos humanos e possíveis crimes de guerra;
* A efetividade da ONU e de mediações regionais;
* O futuro político da Palestina e da segurança de Israel;
* O papel dos Estados Unidos e potências regionais no pós-guerra.
Países europeus pressionam por uma solução duradoura, enquanto movimentos sociais exigem responsabilização internacional por ataques a civis.
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