O governo dos Estados Unidos entrou em paralisação nesta quarta-feira (1º) após o Congresso não conseguir aprovar um projeto orçamentário para estender o financiamento federal. Com isso, uma série de serviços públicos deve ser suspensa já nas próximas horas.
Trata-se do 15º “shutdown” desde 1981. No centro do impasse está a área da saúde: os democratas exigem que programas de assistência médica prestes a expirar sejam prorrogados. Já os republicanos, liderados por Donald Trump, querem tratar saúde e financiamento federal de forma separada e acusam a oposição de usar o orçamento como moeda de troca às vésperas das eleições legislativas de 2026.
Servidores e serviços afetados
Com a paralisação, milhares de servidores públicos serão colocados em licença. Outros, que atuam em áreas consideradas essenciais, terão de continuar trabalhando sem remuneração até que o impasse seja resolvido. A Casa Branca chamou a crise de “shutdown democrata”, enquanto os republicanos responsabilizam os democratas pela falta de acordo.
Trump, por sua vez, elevou a tensão ao afirmar que pode “fazer coisas ruins e irreversíveis”, incluindo demissões em massa de servidores e o encerramento de programas ligados à oposição.
Impactos imediatos
Entre os serviços diretamente afetados, estão:
Aviação civil: a Administração Federal de Aviação (FAA) já anunciou que 11 mil funcionários serão dispensados temporariamente, enquanto 13 mil controladores de tráfego aéreo terão de seguir trabalhando sem salário. A expectativa é de atrasos e cancelamentos em diversos voos nos próximos dias.
Turismo: parques nacionais, museus e zoológicos federais podem fechar ou operar parcialmente. A Estátua da Liberdade, em Nova York, e o National Mall, em Washington, devem suspender visitas.
Pentágono: mais da metade dos 742 mil funcionários civis será afastada, enquanto 2 milhões de militares permanecem em serviço.
Economia: a paralisação pode atrasar a divulgação de dados econômicos relevantes e limitar o acesso de pequenas empresas a empréstimos e serviços federais.
Apesar da suspensão de parte dos serviços, benefícios como aposentadorias, pensões por invalidez e assistência alimentar seguirão funcionando, assim como o Serviço Postal, que não depende diretamente do orçamento do Congresso.
Histórico e consequências
O último shutdown ocorreu entre 2018 e 2019, também no governo Trump, e durou 35 dias — o mais longo da história dos EUA. Na época, a paralisação custou cerca de US$ 3 bilhões ao país, segundo o Congresso norte-americano.
A atual crise se soma a um cenário de forte polarização política em Washington. A incapacidade de republicanos e democratas de chegarem a um consenso reforça a instabilidade e aumenta a pressão sobre os mercados, que já registram oscilações em razão da indefinição sobre os rumos do orçamento e da dívida pública.
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