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Hamas confirma cessar-fogo e Trump anuncia acordo histórico

Após mediação de EUA e Egito, países concordam em cessar hostilidades e liberar reféns

Escrito por Meon

09 OUT 2025 - 15H39 (Atualizada em 09 OUT 2025 - 15H50)

Record Tv Japan

Em uma reviravolta diplomática, o conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza passou por um desdobramento decisivo nesta quinta-feira (9): líderes do Hamas confirmaram o fim permanente da guerra, enquanto o ex-presidente dos EUA Donald Trump anunciou que os combates chegaram ao fim, evocando um acordo histórico.

Lide

O Hamas declarou o encerramento da guerra de forma definitiva, segundo sua delegação negociadora. Ao mesmo tempo, o Trump falou em cessar-fogo e liberação de reféns, afirmando que “acabou com a guerra em Gaza”. Os anúncios marcam o primeiro consenso formal entre as partes desde o início da ofensiva, há cerca de dois anos.

Desdobramentos e contexto

Declaração do Hamas

Khalil al-Hayya, chefe da delegação de negociação do Hamas no Egito, afirmou que a guerra “terminou de forma permanente” e que o pacto prevê a retirada de tropas israelenses, entrada de ajuda humanitária e troca de prisioneiros.  A declaração ocorre em um momento simbólico, pouco depois do aniversário de dois anos do ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a ofensiva israelense. 

Anúncio de Trump

Donald Trump, por sua vez, declarou em coletiva que o cessar-fogo entre Israel e o Hamas representa um “avanço significativo no Oriente Médio” e que muda o curso do conflito em Gaza. Segundo ele, foram alcançados os objetivos de “acabar com a guerra” e garantir a libertação dos reféns remanescentes.  Ele também afirmou que o acordo começou já na noite anterior, quando as delegações dos dois lados teriam aceitado os termos.

Cláusulas do acordo em primeira fase

O pacto acordado deverá contemplar:

• cessar-fogo e retirada parcial das tropas israelenses;

• liberação dos prisioneiros israelenses detidos pelo Hamas;

• libertação de prisioneiros palestinos por Israel;

• entrada de ajuda humanitária em Gaza;

• supervisão internacional do processo. 

Ceticismo e desafios

Embora os anúncios gerem otimismo, analistas alertam que nenhum acordo anterior resistiu às pressões da guerra real, e muitas cláusulas ainda dependem de implementação concreta.  A persistência de disputas sobre governança de Gaza, desarmamento do Hamas e reintegração territorial impõem obstáculos. 

Além disso, facções extremistas dentro de Israel e no Hamas manifestaram resistência, alegando que o pacto compromete seus objetivos máximos. 

Perspectivas e impacto

Se for consolidado, este cessar-fogo representa um ponto de virada após uma das fases mais sangrentas do conflito no Oriente Médio. Poderá abrir caminho para a reconstrução de Gaza, para o retorno de civis deslocados e para uma nova dinâmica diplomática entre Israel, Palestina e potências regionais. Porém, sua sustentação dependerá da boa-fé das partes, da vigilância internacional e da contenção de grupos dissidentes.

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