Mundo

Lula defende soberania e critica Bolsonaro e Trump na ONU

Presidente também abordou agenda climática e as guerras na Ucrânia e Gaza

Escrito por Meon

23 SET 2025 - 11H06 (Atualizada em 23 SET 2025 - 11H32)

MIchael M. Santiago/Getty Images

Na abertura da 80ª Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o multilateralismo como caminho essencial para enfrentar os desafios globais e criticou a adoção de medidas unilaterais por grandes potências. Em seu discurso, Lula afirmou que organismos internacionais como a ONU e a Organização Mundial do Comércio precisam ser fortalecidos para garantir equilíbrio nas decisões e dar mais voz aos países em desenvolvimento.

O presidente destacou a importância da soberania nacional e disse que o Brasil não aceitará interferências externas em suas instituições democráticas, ressaltando que cada nação deve ter o direito de escolher seu próprio destino sem imposições. Nesse contexto, criticou as sanções e sobretaxas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros e autoridades do país, apontando que o protecionismo comercial agrava desigualdades e limita o crescimento econômico global.

Lula também abordou a agenda climática, reforçando o papel do Brasil na preservação ambiental e lembrando que a COP30, que será realizada em Belém, representará uma oportunidade crucial para avançar nos compromissos internacionais de combate às mudanças climáticas. Para ele, a crise ambiental exige ação coletiva urgente, sobretudo dos países mais ricos, que precisam assumir responsabilidades proporcionais ao impacto que exercem no planeta.

Ao tratar de conflitos internacionais, o presidente defendeu soluções diplomáticas tanto para a guerra em Gaza quanto para a crise na Ucrânia. Ele cobrou respeito ao direito internacional, a proteção de civis e a responsabilização por violações de direitos humanos, além de criticar o uso do poder de veto no Conselho de Segurança, que, segundo ele, impede respostas mais rápidas e justas diante de crises humanitárias.

O discurso foi acompanhado de perto por líderes mundiais e teve grande peso político por ocorrer em meio ao aumento das tensões entre Brasil e Estados Unidos. A fala de Lula, que tradicionalmente abre os trabalhos da Assembleia, foi vista como um posicionamento firme em defesa do diálogo, da cooperação internacional e da autonomia das nações diante de pressões externas.

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Meon, em Mundo

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.