 
			O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (29) que determinou a retomada dos testes com armas nucleares, rompendo um hiato de 33 anos desde a última detonação norte-americana, em 1992. Segundo o presidente, a diretriz busca garantir “igualdade de condições” com Rússia e China, em meio à modernização de arsenais e ao uso intensivo de mísseis e vetores convencionais capazes de transportar ogivas.
O sinal político reabre o debate sobre custos, cronograma e impacto estratégico de uma possível reativação da infraestrutura de testes em Nevada — ao mesmo tempo em que esbarra em compromissos internacionais e em pressões de aliados por previsibilidade e transparência.
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A orientação ocorre num contexto em que Washington já havia acelerado o setor atômico em outras frentes, sobretudo na expansão da energia nuclear civil nos EUA, com planos de licenciamento mais ágil e estímulo a reatores de nova geração para atender demandas industriais e de tecnologia. No campo militar, porém, a questão é distinta: desde 1992, os Estados Unidos mantêm a confiabilidade do arsenal por meio de simulações e experimentos subcríticos, sem explosões nucleares, modelo considerado menos disruptivo do ponto de vista ambiental e diplomático. Uma mudança para testes explosivos exigiria meses de preparação, avaliações técnicas e decisões jurídicas sensíveis, além de negociações com órgãos de controle e vizinhos estratégicos.
A reação global foi imediata, com entidades de não proliferação cobrando respeito à moratória informal que baliza a conduta das potências e à arquitetura de tratados construída desde o fim da Guerra Fria.
A diretriz de Trump também adiciona tensão ao tabuleiro com China e Estados Unidos, que já vinham se enfrentando na ONU por acusações recíprocas de transferência de tecnologia de uso dual e apoio indireto a capacidades militares russas. Em paralelo, cresce o escrutínio sobre a postura americana em regimes de controle, após movimentos anteriores como a retirada de tratados de armas com a Rússia que fragilizaram mecanismos de verificação e confiança mútua.
Especialistas ponderam que, mesmo que os EUA optem por testes não explosivos ou experimentos abaixo do limiar crítico, o mero anúncio tende a provocar efeito dominó: rivais podem usar o gesto como justificativa para avançar em seus próprios programas, enquanto países aliados cobram garantias de que a escalada não comprometerá a segurança regional.
O histórico do programa atômico norte-americano ajuda a dimensionar a encruzilhada: foram 1.054 testes entre 1945 e 1992, encerrados com o Divider, e a partir daí consolidou-se um regime de stewardship que manteve o arsenal sem detonações. Agora, o governo americano terá de definir, na prática, o que significa “retomar testes”: se uma nova rodada de simulações e validações de laboratório em maior escala ou, de fato, a volta de explosões subterrâneas — cenário que reacenderia contestações ambientais, sanitárias e diplomáticas em múltiplas frentes.
 
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