Os metalúrgicos da Embraer decidiram encerrar, na manhã desta quinta-feira (18), a greve iniciada na última quarta-feira (17) na fábrica de São José dos Campos (SP), sede da fabricante brasileira de aviões. O movimento, que segundo o Sindicato dos Metalúrgicos envolveu cerca de três mil funcionários, foi suspenso após a aprovação de uma contraproposta apresentada durante assembleia.
A paralisação havia sido deflagrada com reivindicações de reajuste salarial de 11%, benefício de R$ 1 mil e assinatura de convenção coletiva para garantir estabilidade no emprego. Após as negociações, os trabalhadores aprovaram uma nova proposta que prevê reajuste de 9%, vale-compras de R$ 1 mil e assinatura da convenção coletiva.
De acordo com o presidente do sindicato, Weller Gonçalves, a proposta encaminhada à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e à Embraer foi ajustada após debate com os trabalhadores. “A proposta inicial do sindicato era de 11% de reajuste. Mas votamos com os trabalhadores e vamos enviar agora pela manhã uma proposta de 9,5% de reajuste. Em relação ao vale, os trabalhadores decidiram manter o valor de R$ 1 mil, porque hoje a realidade no supermercado está tudo muito cara. Eles também não abrem mão da garantia de estabilidade no emprego para o trabalhador que sofrer acidente”, afirmou.
Na quarta-feira (17), a Embraer informou, por meio de nota, que as fábricas operavam normalmente no Brasil e declarou respeitar os direitos dos colaboradores. A empresa também disse ter estranhado a ação do sindicato na unidade Ozires Silva, “que visa cercear o direito constitucional de ir e vir”.
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