Cerca de 600 pessoas acompanharam o bloco ‘Acorda Peão’ na manhã deste sábado (25), em São José dos Campos. Os foliões do SindMetal (Sindicato dos Metalúrgicos) se reuniram para levar as ruas do centro a diversão e o questionamento político por meio de alegorias e letra da música.
O bloco, que saiu às 10h30, seguiu pelas vias no entorno da praça Afonso Pena com dois carros alegóricos --um deles levava integrantes representando políticos “atrás das grades”. Entre os destaques o juiz Sérgio Moro tentando prender o diretor do PSDB, Aécio Neves. No segundo carro, um idoso dentro de um caixão entrando em um jazigo da previdência social, criticava a reforma da aposentadoria.
As críticas também estavam descritas na composição de Renato Bento Luis, presente no bloco desde há 19 anos. “Toda vez que componho a música ela vem com a ligação da conjuntura do momento político. Porque o Acorda Peão não é simplesmente carnavalesco, ele leva as pessoas o despertar e não esquecer a política”, disse.
O secretário-geral do SindMetal, Renato Almeida, reforçou que além da questão política, o bloco busca dar voz as pessoas que não são alcançadas pela administração pública. “Estamos tendo apoio de muitos movimentos sociais, aqui temos junto blocos da zona norte, do Jardim Paulista e de Jacareí, como participação de integrantes das ocupações ‘Seu Travesso’, de São Francisco Xavier, e de Tremembé. Essas são pessoas desassistidas pelo governo e que precisamos chamar a atenção pública”, disse.
Feminismo
A bateria do bloco ‘Acorda Peão’ é composta por cerca de 10 mulheres, entre elas está uma das integrantes do mais novo bloco ‘So Fia da Vida’, que traz para a folia um debate sobre a igualdade de gêneros, fim do machismo e respeito com as mulheres.
Rosa Scaquetti, enquanto mantinha o ritmo do bumbo, contava que cerca 100 pessoas estiveram na primeira vez do bloco nas ruas do Jardim Paulista, na noite de sexta-feira (24). “Estamos tratando de uma questão que muitas vezes não é falada, mas de forma natural e em um momento que as pessoas estão mais abertas. O primeiro retorno foi das pessoas irem participar, das próprias mulheres que vieram participar. E isso vai além do Carnaval!”, finalizou.
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