Por João Pedro Teles Em RMVale

Dono de autoescola diz que pedido de propina foi ação isolada de instrutor

Local foi notificado pelo Detran por cobrar por aprovação em exame

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Estabelecimento funciona há quatro anos na cidade

Reprodução

Proprietário do Centro de Formação de Condutor Santa Therezinha, Thalles Moreira, afirma que a acusação de que sua autoescola estaria vendendo aprovação em um exame prático tratou-se de um fato isolado, cuja responsabilidade foi de um dos instrutores da empresa. Ele já teria assumido a culpa à polícia.

A autoescola responde a um processo administrativo do Detran.SP pelo caso de cobrança de propina. No caso, o instrutor teria prometido vantagem para uma candidata mediante a um pagamento extra.

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O caso foi parar no 1º Distrito Policial de Taubaté, onde foi registrado como crime de tráfico de influência. No Boletim de Ocorrência consta que o instrutor confessou a prática e isentou a empresa de ter participação no caso.

“Ele já foi demitido por justa causa e agora estamos trabalhando na nossa defesa para que o caso seja esclarecido da melhor forma possível. Em quatro anos, nunca estivemos envolvidos em nada que fosse ilícito e vamos tomar todas as providências cabíveis para que isso não aconteça mais”, afirma o proprietário.

Nesta terça-feira (19), Moreira enviou ao Detran sua carta de defesa. No documento, o proprietário da autoescola se isenta de culpa pelo ocorrido e garante que já tomou as medidas necessárias.

"Todas as medidas judiciais cabíveis serão tomadas contra o ex funcionário, para que a imagem e a transparência da empresa sejam restauradas dignamente", afirma.

Em outro trecho, o proprietário pede desculpas para todas pessoas que se sentiram prejudicadas neste processo.

"Através deste documento, gostaríamos também de pedir desculpas as partes: examinador envolvido no caso; à superintendência e à diretoria do DETRAN-SP e à candidata envolvida, todos presentes no acontecimento", diz.

De acordo com o Detran, o estabelecimento pode ser fechado preventivamente por 30 dias. A pena dependerá da investigação que já está sendo realizada pelo órgão. Ela prevê desde a suspensão temporária até a cassação da licença da autoescola.

De acordo com o órgão, de janeiro a julho deste ano, já foram realizadas 460 fiscalizações em todo o Estado. Nesse período, 63 autoescolas foram descredenciadas.

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