O Gedesp (Grupo de Estudos de Desenvolvimento Econômico, Social e Político), formado por 11 entidades de São José dos Campos, divulgou uma carta "em defesa dos empregos" na General Motors.
A montadora alega que, em função do atual momento da economia, tem um excedente de 1.600 trabalhadores na cidade e negocia um plano de layoff (suspensão dos contratos de trabalho) por cinco meses, com possibilidade de prorrogação por igual período. O Sindicato dos Metalúrgicos cobra garantia de estabilidade de emprego para os funcionários afastados.
"As entidades empresariais que integram o Gedesp, preocupadas com a manutenção dos empregos na fábrica da GM em São José dos Campos, vêm a público mobilizar a sociedade para defender os postos de trabalho", informa o comunicado do grupo.
"É preciso a mobilização de toda a sociedade para preservar esses postos de trabalho e o sustento das famílias da nossa cidade", acrescenta o texto.
Integram o Gedesp a ACI (Associação Comercial e Industrial), a Aconvap (Associação das Construtoras do Vale do Paraíba), o Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil) e as diretorias regionais da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo).
Abaixo-assinado
Na carta, o Gedesp também convida a população a aderir a um abaixo-assinado virtual que repudia "a atitude do sindicato em dificultar a aceitação do layoff em São José".
Até as 17h30 desta terça, o documento eletrônico tinha 266 assinaturas.
Vista aérea da fábrica da GM em São José
Arquivo/Meon
Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos, Renato Almeida, a intenção do Gedesp "é ir contra os trabalhadores".
“Eles estão fazendo um movimento para jogar a cidade contra nós. Estamos tranquilos, pois estamos fazendo essa discussão com os funcionários de chão de fábrica. Já essas medidas do Gedesp estão partindo dos patrões. Se eles querem fazer abaixo-assinado, por que não fazemos um debate? Se quiser fazer uma negociação aberta, nós somos a favor”, disse.
Boleto
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