Desde maio de 2018, o Meon tem noticiado problemas que estudantes e professores têm passado
Divulgação/Etep
Pelo menos sete ex-funcionários da Etep Faculdades, em São José dos Campos, estariam sem receber o FGTS, multa de rescisão do contrato e salários atrasados. Na noite desta quinta-feira (21), professores fizeram um ato em frente à instituição anunciando greve por tempo indeterminado.
Desde agosto de 2018, o Meon tem noticiado constantes problemas que alunos e professores passam em relação a matrículas, grade curricular, pagamento de salários atrasados e benefícios.
Agora, funcionários que trabalhavam na Etep relatam enfrentar os mesmos problemas que os professores e dizem que, pelo menos, sete pessoas estariam na mesma condição.
Fabiana Silva Souza trabalhou na portaria da Etep por cinco anos e foi demitida em outubro de 2019. Ela contou que o seu último salário teria sido pago pela metade e parcelado em cinco vezes. Desde que foi demitida da instituição, não teria conseguido ainda receber valores da rescisão do contrato e do FGTS, que não teria sido depositado.
“Já tentei diversas vezes assinar a minha homologação, mas na Etep ninguém atende a gente. A pessoa que fica responsável por isso até bloqueou o meu número no whatsapp. Moro na casa da minha mãe e vivo de doações. Preciso comprar remédio para as minhas convulsões e não tenho”, contou.
Por medo de represália e não conseguir resolver o seu problema, uma ex-inspetora de alunos do ensino médio da Etep não quis se identificar. Mas ela revelou que também espera pelo seu FGST e todos os valores que deveria receber após a demissão.
“Está todo mundo na mesma situação. Trabalhei na Etep por quase cinco anos e amava o que eu fazia. Hoje não tenho dinheiro nem para pagar contas básicas. Estou de favor na casa da minha mãe. É frustrante, triste e revoltante tudo isso acontecendo”, disse.
A reportagem procurou o Grupo Cetec, responsável pela Etep e Bilac, e foi informada de que o posicionamento seria o mesmo a respeito da greve dos professores anunciada nesta quinta-feira.
Nota do Grupo Cetec sobre pagamento de FGTS e valores rescisórios:
“Atualmente não há férias, salário ou 13º atrasados de nenhum professor. Segundo a direção, a adesão à greve foi baixíssima e não afetou a grande maioria das aulas e tampouco a entrega final de trabalhos dos alunos. Quanto ao FGTS, o Grupo Cetec está negociando neste momento seu parcelamento. Da mesma forma, a instituição solicitou parcelamento para quitar alguns desligamentos realizados recentemente.”
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