Travessia São Sebastião-Ilhabela está fechada há 12 horas
Reprodução/Dersa
A paralisação da balsa, que durou cerca de 14 horas nesta terça-feira (18), impediu a passagem de profissionais que utilizam a travessia todos os dias para trabalhar.
A paralisação ocorreu devido aos fortes ventos, que chegaram a 62 km/h (34 nós), pela manhã.
O motorista da Secretaria de Desenvolvimento Social de Ilhabela, André Luiz Gomes, de 44 anos, é morador de São Sebastião e foi um dos desfalques na equipe por não conseguir chegar à ilha.
“Somos quatro motoristas, mas eu e outro de Caraguá não conseguimos atravessar e outro está de férias, então todo o serviço de transporte das casas do idoso ficou apenas com um, atrasando todo o itinerário. Mas é por segurança, os diretores entendem a falta”, comenta Gomes.
No outro lado, em Ilhabela, está Patrícia Pereira Teixeira de 21 anos, que é monitoria de uma creche municipal em São Sebastião e também faltou hoje em razão de não conseguir utilizar a travessia entre as cidades, atrapalhando a rotina da unidade de ensino.
“Na unidade em que trabalho tem três funcionárias de Ilhabela e a falta de funcionários complica o trabalho acumulando os serviços para as demais monitoras que são da cidade e conseguiram chegar”, diz a moradora da ilha.
Maior paralisação
O motorista que não conseguiu pegar a balsa nessa terça lembra que há dois anos não via uma paralisação tão longa quanto a que está acontecendo. Já são mais de 12 horas paradas.
“A maior paralisação que eu já vi foi em trono de 12 horas, mas faz mais de dois anos. Eu trabalhava em uma empresa de ônibus, deixei os passageiros na entrada da balsa em São Sebastião e ao voltar no outro dia de manhã, eles ainda estavam lá esperando para atravessar. Mas melhor isso do que algum problema em alto mar durante a travessia”, afirma Gomes.
Abono da falta
Tanto Patrícia quanto André teme ainda ter que faltar no trabalho nesta quarta-feira (18), no caso a balsa continua fechado, mas os dias não trabalhados devem ser justificados por uma declaração entregue pela equipe da Dersa aos trabalhadores que utilizam esse trajeto diariamente.
“Eu e uma colega ligamos para o RH da prefeitura que nos orientaram a ir até a Dersa e pedir uma declaração e entregar. A diretoria irá justificar a falta, que não foi por culpa nossa foi por conta de que era o único meio de transporte e estava paralisada”, explica Patrícia sobre a orientação que recebeu.
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