Ilhabela é um arquipélago rico em belezas naturais no Litoral Norte de São Paulo. Conhecida como a Capital Nacional da Vela, o ponto turístico abundante em praias e cachoeiras atrai turistas do mundo inteiro. Não só de passagem. Há quem tenha se apaixonado pelo local e resolvido viver ali. Quem nasceu e foi criado na ilha também se encanta com o paraíso, que carrega histórias e tradições.
A psicóloga Denise Rangel Baptista, 53, mora na ilha desde 2006. Ela conta que desde jovem frequentava a ilha. Antes de mudar para o arquipélago, casada com um velejador, ela levava uma vida frenética na capital São Paulo. “Um dia meu marido acordou e disse quero voltar a viver, e educarmos nossas filhas no mar”, relata.
“Sonhava em viver na praia e por esse motivo resolvemos criar um projeto que pudéssemos estar conectados na natureza, incentivar nossas filhas desde cedo a desfrutar das atividades outdoor em família! Velejar, remar, pedalar e viver ao ar livre com segurança”, acrescenta.
E parece que a escolha da Denise de educar as filhas na ilha deu muito certo. Em entrevista ao Meon em maio deste ano, ela comentou que a frase clássica de suas filhas é "Mãe, quando eu for mãe quero educar meus filhos na Ilhabela".
Segundo o site da Prefeitura de Ilhabela, o saber fazer tradicional da comunidade caiçara representa um dos principais patrimônios imateriais do arquipélago. Algumas comunidades, inclusive, comercializam os artesanatos, sendo uma fonte de renda.
As comunidades tradicionais da Ilha carregam também outras tradições, como sotaque carregado, jargões, ditos populares, danças típicas caiçaras, entre outras.
A gastronomia não fica de fora. Segundo o site da prefeitura são pratos típicos do arquipélago, entre outros: Azul-Marinho, Pirão de Peixe, Peixe assado na areia da praia, Ovas de Tainha, Escaldado, Pregoai, Mariscos: Taioba e Berbigão, Lambe-Lambe, Paçoca de Banana Verde, Bolinho de Banana Verde, Fruta Pão, Doce de Mamão Verde em calda, Consertada e Café de Garapa.
Bruno Costa Tenório é conhecido por contar lendas do arquipélago. Ele explica que as histórias eram contadas por sua avó, que faleceu com 100 anos de idade na comunidade da Praia da Fome. O pescador artesanal é nascido e criado na comunidade. “Um lugar totalmente paradisíaco, cheio de lendas e contos. Eu sou a quarta geração da minha família”, relata Bruno.
Confira abaixo duas lendas compartilhadas pelo Bruno:
Há muitos anos, durante uma maré ruim, um homem encalhou na Praia da Fome. Uma família que morava no morro do Zé Mário o acolheu. Porém, até então, ninguém sabia da onde ele tinha vindo. O homem cercava bambuzal com rede na beira da praia longe da água. De manhã, as pessoas, inclusive a família, pegavam peixes e pedaços de carne vermelha e levavam para casa. Certo dia a família resolveu dar uma festa. Na ocasião, a criança da família fez uma cruz no prato do homem, que foi desvendado como um bruxo. Conta a história que nessa noite houve um estouro na casa da família e que todos morreram soterrados. Hoje em dia há uma cratera no local em que havia a casa.
Outra lenda é a da canoa fantasma. Conta a história que, ao anoitecer, a canoa com pessoas ia até a metade da entrada da praia. Porém, enquanto os caiçaras olhavam, ela sumia. Ninguém sabe de onde vinha a canoa.
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