Presídios sob a administração da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (SAP) na região do Vale do Paraíba e Litoral Norte inscreveram 1.087 reeducandos na 19ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), o principal evento científico do país. Em todo o Estado de São Paulo, 15.504 pessoas privadas de liberdade se inscreveram na prova, representando um aumento de 0,43% em comparação com o número anterior.
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Neste recorte regional, participam da Obmep reclusos de estabelecimentos penais das cidades de Taubaté, Tremembé, São José dos Campos, Potim e Caraguatatuba.
Os exames são divididos por grau de escolaridade: Nível 1 (6º e 7º anos do Ensino Fundamental), Nível 2 (8º e 9º anos) e Nível 3 (Ensino Médio). No Estado, os números estão distribuídos da seguinte forma: no Nível 1, são 3.461 inscritos; no Nível 2, são 4.285; no Nível 3, são 7.758.
No dia 2 de agosto, a organização divulgará os classificados para a segunda fase, prevista para ocorrer em 19 de outubro.
Premiação
A Olimpíada premia separadamente alunos de escolas públicas e privadas. Aos primeiros colocados serão concedidas 500 medalhas de ouro, 1,5 mil de prata e 4,5 mil de bronze, além de 45 mil certificados de menção honrosa. Estudantes de instituições particulares receberão 150 medalhas de ouro, 450 de prata e 1.350 de bronze, além de 6 mil certificados de menção honrosa.
Desde 2012, os reeducandos sob custódia da SAP participam dessa olimpíada, tendo sido premiados em edições anteriores com cinco medalhas: uma de bronze, três de prata e uma de ouro. Inclusive, a premiação máxima foi conquistada por um recluso na edição de 2017, sendo este o primeiro feito por um reeducando no Brasil, ocorrido na Penitenciária de Itaí, por um recluso colombiano. Além das medalhas, em edições anteriores, centenas de custodiados receberam certificados de menção honrosa pelos resultados alcançados em matemática.
Preparação
Com o propósito de preparar as pessoas privadas de liberdade para a reintegração à sociedade, a SAP e a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) têm incentivado cada vez mais os reeducandos a participarem da Olimpíada de Matemática.
Realizada pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), a Obmep é uma realidade no sistema prisional paulista, e a participação dos reeducandos ocorre por meio das escolas vinculadoras, geridas pela Seduc nas unidades penitenciárias. Essas escolas oferecem ensino formal às pessoas presas que não concluíram sua formação escolar, oferecendo cursos de Ensino Fundamental e Médio.
Por meio de parcerias da SAP com outras instituições, os reclusos também participam de cursos de línguas, profissionalizantes e do Ensino Superior.
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