O ex-presidente da África do Sul Frederik de Klerk, que libertou da prisão o ex-presidente Nelson Mandela - líder do movimento contra o apartheid - morreu nesta quinta-feira (11), aos 85 anos, de câncer de pulmão, em sua casa na Cidade do Cabo. A informação foi divulgada pela Fundação FW Klerk. Ele dividiu com Mandela o Prêmio Nobel da Paz de 1993 pela luta contra a segregação racial no país.
Em discurso feito no Parlamento da África do Sul, em 2 de fevereiro de 1990, de Klerk anunciou que aquele que viria a ser o primeiro presidente negro do país, Nelson Mandela, seria libertado da prisão após 27 anos de cativeiro.
O anúncio agitou a nação, que durante décadas era desprezada e recebia sanções de grande parte da comunidade internacional pelo brutal sistema de discriminação racial conhecido como apartheid.
Com o isolamento da África do Sul e a deterioração de sua economia, antes sólida, de Klerk, que tinha sido eleito presidente apenas cinco meses antes, anunciou no mesmo discurso a liberação do Congresso Nacional Africano (ANC) e de outros grupos políticos antiapartheid.
Vários membros do Parlamento abandonaram nesse dia a câmara enquanto o presidente discursava.
Nove dias mais tarde, Mandela foi libertado e quatro anos depois seria eleito o primeiro presidente negro do país, como resultado de os negros terem pela primeira vez exercido o direito de voto.
De Klerk e Mandela receberam o Nobel da Paz em 1993 pela sua cooperação, muitas vezes intensa, no processo de afastamento da África do Sul do racismo institucionalizado e em direção à democracia
Fator-chave na transição do país para a democracia, de Klerk chefiou o governo de minoria branca na África do Sul até 1994, quando o partido do Congresso Nacional Africano, de Nelson Mandela, assumiu o poder.
Apesar de ter dividido o prêmio com Mandela, Frederik de Klerk foi criticado pela comunidade negra por sua incapacidade de conter a violência política nos anos turbulentos que antecederam as eleições de 1994.
Muitos afrikaners brancos de direita, descendentes dos colonos holandeses e franceses que há muito governavam o país, viram-no como um traidor de suas causas de nacionalismo e supremacia branca.
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