Por Nicole Almeida Em RMVale Atualizada em 15 MAI 2020 - 10H18

PF investiga desvio de verbas públicas em Piquete

Oito mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Guará, Aparecida, Cachoeira Paulista e Piquete; CGU apurou prejuízo potencial de no mínimo R$ 470 mil

Divulgação/Delegacia de Polícia Federal de Cruzeiro
Divulgação/Delegacia de Polícia Federal de Cruzeiro
Ao todo, 33 policiais federais e quatro auditores da CGU foram mobilizados para a ação.


Foi deflagrada na manha desta sexta-feira (15), uma operação da Polícia Federal em conjunto com a Controladoria Geral da União, em que investigam o desvio de verbas públicas em Piquete. 

Estão sendo cumpridos oito mandados de busca e apreensão em Guará, Aparecida, Cachoeira Paulista e Piquete. Ao todo, 33 policiais federais e quatro auditores da CGU foram mobilizados para a ação. 

O objetivo é apurar esquema de superfaturamento em contratações para aquisição de medicamentos hospitalares, realizadas pela prefeitura de Piquete, através de sua Secretaria de Saúde, custeadas com recursos do Fundo Nacional de Saúde. 

De acordo com a PF de Cruzeiro, em investigação de aproximadamente 1 ano, surgiram evidências de "procedimentos licitatórios, dispensa de licitação sem as formalidades legais, superfaturamento de preços no percentual médio de 133% e divergência na quantidade de medicamentos e insumos médico-hospitalares fornecidos ao ente municipal". 

A CGU apurou prejuízo potencial de no mínimo R$ 470 mil, decorrente de superfaturamento na aquisição de medicamentos e materiais hospitalares em pregões presenciais analisados. A Controladoria Geral da União informou ainda, que a prefeitura realizou pagamentos no valor de R$ 4,3 milhões no âmbito de contratos investigados.

A Justiça Federal decretou a quebra do sigilo de dados armazenados, bem como o sequestro dos bens de envolvidos, além de determinar o afastamento cautelar da função pública exercida de um dos investigados. 

Os investigados responderão pelos crimes de peculato, fraude a licitações e associação criminosa, cujas penas podem chegar a 24 anos de prisão. 

O Meon tentou o contato com a Prefeitura de Piquete, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem. 


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