A Prefeitura de Taubaté promove uma ação intersecretarias para estimular o debate a respeito do suicídio em atenção ao Setembro Amarelo, campanha realizada pelo CVV (Centro de Valorização da Vida) no Brasil desde 2015.
Somente neste ano, de janeiro até o dia 15 de agosto, 9 pessoas cometeram suicídio e outras 114 pessoas tentaram tirar a própria vida em Taubaté, segundo dados da administração municipal. Isto representa um aumento de 70,6% no número de tentativas, com relação a 2017, quando foram registradas 114 tentativas e 11 casos consumados.
Para reverter este cenário, a prefeitura, por meio de uma parceria com o CVV, vai ampliar o serviço Fonevida (0800 780 1122). O atendimento, que até então tinha como principal foco pessoas com problemas decorrentes do uso de álcool, crack e outras drogas, também passa a fazer escuta qualificada visando a prevenção ao suicídio. O atendimento telefônico é gratuito e funciona 24 horas por dia.
Entre as várias iniciativas programadas pela prefeitura ao longo do mês, está oFórum sobre o Suicídio, que acontece no dia 14 na Câmara, dsa 9h às 17h. Aberto ao público, o evento contará com a participação de especialistas de vários setores.
A administração também vai disponibilizar em seu site uma cartilha virtual de saúde mental com informações sobre os serviços disponíveis no município, dicas e orientações.
O Setembro Amarelo também também deve ser abordado por meio de atividades com os alunos dos programas esportivos do Comum-unidade em Ação, mantido pela Secretaria de Esportes de Taubaté. Além das atividades diárias, a Secretaria de Esportes promove no dia 26 de setembro no Sedes, das 13h às 17h, uma tarde dedicada ao tema.
Estudo
Em Taubaté, a Vigilância Epidemiológica promoveu um estudo sobre tentativas de suicídio no ano passado e entre janeiro e o início de agosto de 2018. Em relação aos 123 casos registrados até o dia 15 de agosto deste ano, as faixas etárias predominantes são de 21 a 30 anos (36 casos) e 16 a 20 anos (31 casos).
As tentativas envolvem, em sua maioria, o público feminino (83 registros). Este perfil é semelhante à realidade do país.
As notificações de lesões autoprovocadas tornaram-se obrigatórias no Brasil a partir de 2011. Em nível nacional, entre 2011 e 2016 foram notificadas 48.204 tentativas de suicídio.
O combate a este problema de saúde pública se dá por meio da divulgação e transparência, já que as pessoas fogem do assunto e, por medo ou desconhecimento, não veem os sinais de que uma pessoa próxima está com ideias suicidas.
O fortalecimento da rede de proteção psicossocial é fundamental. De acordo com o Ministério da Saúde, a existência de Caps (Centro de Atenção Psicossocial) nos municípios reduz em 14% o risco de suicídio. Taubaté possui atualmente o Caps AD, voltado ao tratamento do consumo de álcool e outras drogas, o Caps I, destinado ao público infantojuvenil, e o Caps II, que atende portadores de transtornos mentais. A Secretaria de Saúde reforça que o acolhimento nestas unidades se dá de forma voluntária.
Portal Meon também aderiu à campanha *
O suicídio é considerado um problema de saúde pública e mata 1 brasileiro a cada 45 minutos e 1 pessoa a cada 45 segundos em todo o mundo. Para ajudar a mudar esta triste realidade, o Portal Meon decidiu se engajar na campanha Setembro Amarelo, que começa dia 1º de setembro e segue até o dia 30.
Por meio de textos, vídeos, palestras, performances e outras ações, a campanha estimula na sociedade o diálogo e a reflexão sobre este mal invisível que mata jovens e adultos de todas as idades.
Diante de uma pessoa sob risco de suicídio
O que fazer:
• Encontre um momento apropriado e um lugar calmo para falar sobre suicídio com essa pessoa. Deixe-a saber que você está lá para ouvir, ouça-a com a mente aberta e ofereça seu apoio.
• Incentive a pessoa a procurar ajuda de um profissional, como um médico, profissional de saúde mental, conselheiro ou assistente social. Ofereça-se para acompanhá-la a uma consulta.
• Se você acha que essa pessoa está em perigo imediato, não a deixe sozinha. Procure ajuda de profissionais de serviços
de emergência, um serviço telefônico de atendimentos a crises, um profissional de saúde, ou consulte algum familiar dessa pessoa.
• Se a pessoa que com quem você está preocupado (a) vive com você, assegure-se de que ele (a) não tenha acesso a meios
para provocar a própria morte (por exemplo, pesticidas, armas de fogo ou medicamentos) em casa.
• Fique em contato para acompanhar como a pessoa está passando e o que está fazendo.
O que não fazer:
• Condenar/ julgar. Não fale “Isso é covardia ”, “É loucura”, “É fraqueza” ou frases semelhantes.
• Banalizar. Não fale “É por isso que quer morrer? Já passei por coisas bem piorese não me matei”.
• Opinar. Não fale “Você quer chamar a atenção”, “Te falta Deus”, “Isso é falta de vergonha na cara” ou frases semelhantes.
• Dar sermão. Não fale “Tantas pessoas com problemas mais sérios que o seu, siga em frente” ou frases semelhantes.
• Frases de incentivo: Não fale “Levanta a cabeça, deixa disso”, “Pense positivo”,“A vida é boa” ou frases semelhantes.
Onde buscar apoio:
• Serviços de saúde Caps (Centro de Atenção Psicossocial) e Unidades Básicas de Saúde
• CVV (Centro de Valorização da Vida), acesse o site www.cvv.org.br
* Com informações do CVV, Setembro Amarelo , do Ministério da Saúde.
Boleto
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