Na primeira reunião preparatória com o diretor provisório (interventor) da Avibras Indústria Aeroespacial, ocorrida nesta quinta-feira (3), o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região apresentou as reivindicações dos trabalhadores, que estão com 27 salários atrasados.
O encontro com representantes do fundo de investimentos Brasil Crédito, nova gestora da Avibras, aconteceu na sede do Sindicato. O diretor provisório Fábio Guimarães Leite deve assumir a fábrica após a estabilização da homologação do plano de recuperação judicial alternativo, que acontecerá com a publicação da decisão judicial, assinada no dia 30 de junho, e com o encerramento do prazo de 15 dias para recurso.
Em nota oficial divulgada no dia 1º, a direção da Avibras, agora destituída, afirmou que acatará a decisão pela homologação do plano.
A estimativa é que o período de transição (gestão do diretor provisório) dure até três meses. Nesse período, a Avibras passará por uma auditoria.
Direitos trabalhistas
O presidente do Sindicato, Weller Gonçalves, ressaltou a expectativa dos trabalhadores em relação ao recebimento dos 27 salários que estão atrasados e a volta dos benefícios que foram cortados pela Avibras. Os trabalhadores estão em greve desde 9 de setembro de 2022.
Antes mesmo da homologação do plano alternativo, o Sindicato já vinha negociando com a Brasil Crédito os termos para que os trabalhadores voltassem à fábrica. Na ocasião, ficaram acertadas as seguintes condições:
- parcelamento em 48 meses dos salários, 13º, férias e FGTS que estão atrasados;
- conversão das multas trabalhistas em 10% das ações da Nova AVB, quando acontecer a abertura de capital social;
- preservação de todos os direitos dos trabalhadores que retornarem à fábrica;
- estabilidade no emprego por no mínimo 90 dias.
Governo Federal
Na reunião, o Sindicato reafirmou que vai dar continuidade à ofensiva para pressionar o Governo Federal para que volte a assinar contratos com a Avibras.
“Não há mais desculpa para o presidente Lula fugir de um tema que envolve a principal indústria bélica do país e, ao mesmo tempo, penaliza 1.400 trabalhadores. Agora existe uma chance real de que a Avibras volte a operar. Vamos cobrar do governo federal a assinatura de contratos que viabilizem a retomada da fábrica”, afirma Weller Gonçalves.
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