Dois homens foram presos pela Polícia Militar Rodoviária na noite de quinta-feira (23) na rodovia Governador Carvalho Pinto (SP-070), em São José dos Campos, suspeitos de integrar uma organização criminosa especializada em roubo e desvio de cargas. A prisão ocorreu durante uma operação de rotina no km 92 da via, quando a dupla foi flagrada tentando fraudar o rastreamento de uma carreta que transportava 31 toneladas de alumínio avaliadas em R$ 445 mil.
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De acordo com a PM Rodoviária, os suspeitos faziam parte de um esquema interestadual de desvio de mercadorias. A quadrilha utilizava empresas e motoristas de fachada para transportar produtos de alto valor — especialmente metais e itens industriais — e simulava falsos roubos durante o trajeto. O golpe consistia em transferir o rastreador do caminhão para outro veículo, enganando empresas de logística e seguradoras, enquanto a carga era desviada para destino desconhecido.
No caso em apuração, o motorista de 36 anos foi contratado para levar a carga de Itaquaquecetuba (SP) até Viana (ES). No caminho, encontrou-se com os comparsas e transferiu o rastreador da carreta para um Hyundai HB20 branco. O grupo pretendia simular que o caminhão seguia viagem normalmente, enquanto outro integrante desviava a carga.
O flagrante ocorreu quando os policiais abordaram o HB20 após perceberem que o passageiro não usava cinto de segurança. Durante a vistoria, o rastreador da carreta foi encontrado escondido sob o banco traseiro. As versões apresentadas pelos dois homens eram contraditórias. Três celulares e a CNH de outro investigado também foram apreendidos.
As investigações apontam que a organização criminosa atuava em várias etapas: fraudava contratos de transporte, trocava motoristas durante o trajeto e registrava boletins de ocorrência falsos para encobrir os desvios. Dias depois, as carretas “reapareciam” vazias, reforçando a simulação de um roubo armado.
Os detidos foram autuados por organização criminosa (Lei nº 12.850/13) e furto qualificado (art. 155, §4º, II e IV, do Código Penal). A polícia solicitou a prisão preventiva dos suspeitos e a quebra do sigilo telefônico dos aparelhos apreendidos.
A Polícia Civil de São José dos Campos, por meio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), segue com as diligências para identificar outros envolvidos e localizar a carga de alumínio, que segue desaparecida.
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