A campanha Setembro Vermelho reforça o alerta para as doenças cardiovasculares e estimula a conscientização da população para a prevenção ativa. Dados atualizados indicam que 80% dos casos de DCV são evitáveis com mudanças simples de comportamento.
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Com 400 mil mortes anuais por doenças cardiovasculares, o Brasil enfrenta um desafio que pode ser superado com prevenção, diagnóstico precoce e políticas de saúde efetivas.
Este mês serve como momento de mobilização para que cada indivíduo reflita sobre seu estilo de vida, faça exames preventivos e adote ações concretas para cuidar do próprio coração.
Especialistas reafirmam que a adoção de hábitos saudáveis e a detecção antecipada de fatores de risco são estratégias cruciais para reduzir o impacto das doenças cardiovasculares, que figuram entre as principais causas de morte no país.
Panorama nacional: números que alarmam
As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de mortalidade no Brasil, representando cerca de 30% de todos os óbitos.
- Anualmente, aproximadamente 400 mil pessoas morrem no país por causas cardiovasculares.
- Estima-se que, a cada 90 segundos, uma pessoa morra de causa cardiovascular — o equivalente a 46 óbitos por hora.
- Até 80% desses casos poderiam ser evitados com intervenções de prevenção e mudanças no estilo de vida.
O número absoluto de casos tende a crescer nas próximas décadas em razão do envelhecimento populacional, mesmo com queda proporcional das taxas padronizadas por idade.
Esse cenário ressalta a dimensão da “epidemia silenciosa” que as doenças do coração representam, destacando a importância de políticas públicas e ações de saúde preventiva.
Estilo de vida: a linha de frente da prevenção
De acordo com o cardiologista Dr. Jamil Ribeiro Cade, coordenador do Serviço de Cardiologia Intervencionista do Hospital Santa Marcelina:
“A adoção de hábitos saudáveis é o melhor antídoto contra o avanço das doenças cardíacas.”
Atividade física regular: fortalece o músculo cardíaco, melhora a circulação e ajuda no controle do peso.
Alimentação equilibrada: rica em frutas, verduras, grãos integrais, proteínas magras, com controle de gorduras saturadas, sódio e açúcares adicionados.
Controle do estresse: meditação, yoga, terapia, hobbies ou práticas de relaxamento.
Sono adequado: descansar bem favorece a regulação hormonal e cardiovascular.
Abstinência ou moderação do consumo alcoólico: o uso excessivo aumenta a pressão arterial e causa alterações metabólicas.
Fatores de risco: reconhecer para agir
As DCVs desenvolvem-se ao longo de anos sob a influência de fatores múltiplos.
Entre os mais relevantes estão:
- Hipertensão arterial
- Colesterol elevado (LDL) e dislipidemias
- Diabetes
- Obesidade e sobrepeso
- Tabagismo
- Sedentarismo
- Alimentação inadequada
- Estresse crônico
- Histórico familiar
- Idade avançada e gênero
Apesar de algumas condições serem inevitáveis (como predisposição genética), a maioria pode ser controlada com comportamento e acompanhamento médico.
Diagnóstico precoce: o poder da detecção
O diagnóstico antecipado é vital para intervenções mais eficazes, reduzindo complicações e mortalidade. Segundo o Dr. Cade:
“Apesar das doenças do coração manifestarem-se, em sua grande maioria, na vida adulta, é na infância que o processo de aterosclerose começa. A prática regular de exercícios, a redução do estresse, o controle do colesterol e uma alimentação saudável podem reduzir em até 80% esses óbitos.”
Recomendações:
- Avaliação médica regular, mesmo em pacientes assintomáticos.
- Exames laboratoriais (glicemia, perfil lipídico, função renal, marcadores inflamatórios).
- Exames de imagem e cardíacos (ecocardiograma, eletrocardiograma, teste de esforço, angiografia).
- Monitoramento contínuo da pressão arterial e da glicemia.
- Check-ups estruturados a partir dos 40 anos, ou antes em caso de fatores de risco.
- Sinais de alerta: não adie o atendimento
- Sintomas de infarto ou eventos cardiovasculares mais comuns:
- Dor ou desconforto no peito (podendo irradiar para ombros, braços, mandíbula ou costas)
- Falta de ar
- Náuseas e vômitos
- Suor frio
- Palidez, tontura
- Desconforto abdominal superior
Ao perceber qualquer um desses sinais, é fundamental procurar imediatamente o pronto-socorro para avaliação médica urgente.
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