Crônicas e cia

Felipe Cury e a homenagem ao Dia do Trabalhador

Um pouco da história desta data tão importante

Colunista Felipe Cury (Reprodução)

Escrito por Felipe Cury

06 MAI 2024 - 13H23 (Atualizada em 06 MAI 2024 - 13H44)

reprodução


O PENSAMENTO: – “Ao trabalhar dedicadamente oito horas por dia, você pode chegar a ser um patrão e trabalhar doze horas por dia” – Robert Rost – Poeta americano

O FATO: O dia do trabalhador surgiu decorrente da greve operária que aconteceu em Chicago, nos Estados Unidos, 3m 1º de maio de 1888. Esse episódio teve como objetivo a luta pela melhoria das condições de trabalho: a redução de jornada (de 13 horas para 8 horas), o aumento de salários, o descanso semanal e as férias.

No Brasil, a tendência histórica, rotineira e costumaria é achar que o que é bom para os Estados Unidos, é bom para o Brasil. Até um adágio velho foi adaptado numa versão tupiniquim que passou a dizer que, em nossa natureza nada se cria, tudo se copia.

E o exemplo de Chicago foi plagiado “ipsis litteris, em nossa Terra Amada, nos objetivos e nos ideais da época. A data passou a ser celebrada informalmente por trabalhadores no começo do século XX e tornou-se oficial durante o governo de Artur Bernardes. A data foi amplamente explorada durante a Era Vargas, sendo parte do projeto político desse governante.

Eu me lembro quando o povo era recrutado e comparecia em massa ao Estádio do Vasco da Gama (era o maior que tínhamos), em São Januário, no Rio de Janeiro. No auge surgia dramaticamente a impoluta figura de GETÚIO VARGAS e bradava seu hino de guerra: “-TRABAHADORES DO BRASIL”. O povo ia ao delírio e lá nasceu o epíteto PAI DOS POBRES.

Foi um dos mais importantes passos para a institucionalização da demagogia no País e lhe garantiu uma série de reeleições para si próprio, para seus parentes e herdeiros políticos.

Na evolução ou involução histórica o tempo passou e continuamos submissos ao honorável título de INOCENTES ÚTEIS (ou inúteis). Assisti a muitas passeatas, comícios e discurseiras enaltecendo e até endeusando o trabalhador. Os políticos deitavam e rolavam. Surgiam candidatos e candidatos a candidatos em todo canto do Brasil. O manancial de votos era inesgotável.

Trabalhei até os 82 anos de idade, de Carteira Assinada (faz 4 que me aposentei). Portanto fui trabalhador de fato e de direito. Nunca me escondi atrás da CLT, nem segui as diretrizes safadas dos sindicatos. Em muitas vezes fui patrão e muito bom patrão, sem exploração de qualquer natureza.Como praga, as organizações se proliferaram, com as benesses governamentais e articulações de políticos corruptos e inconsequentes.

As centrais sindicais se organizam para o mal. Incapazes de edificar ou construir porque são destruidores por seus próprios princípios. Temos acompanhado que os trabalhadores brasileiros não estão sendo mais vaquinhas de presépio. Não vão mais na conversa fiada de pretensos líderes imbecis. Falsos trabalhadores que não progrediram por incompetência ou preguiça.

As próximas lideranças de trabalhadores precisam ler mais, se aprofundar mais em história (não em lorotas). Os Trabalhadores compenetrar que a história e o futuro são eles qua fazem. Os empreendedores é quem faz o País.

Quarta-feira primeiro de maio, o clima foi outro: mais sereno sem palhaçada, sem anatismo, sem interesse torpe. Ainda perdura em São José a festejada MACARRONADA, não só para trabalhadores, mas principalmente para os desempregados. Se as promessas fossem cumpridas, ao invés de macarronada seriam servidas PICANHAS, Dá-nos a impressão de que estão surgindo as mudanças comportamentais.

Consciência cívica, responsabilidade no presente e para o futuro. Amor real à Pátria. Mudar as atitudes na escolha dos governantes para que eles sejam pessoas como nós pessoas, sem privilégios, sem gastanças supérfluas, sem vantagens acintosas, sem EXCELÊNCIAS e gente como a gente.

No Dia do Trabalhador, nossa homenagem:

"Parabéns Trabalhador!

Todo trabalho honesto sustenta, honra e dignifica o ser humano. Parabéns a todos TRABALHADORES E EMPREENDEDORES, nesse dia e em todos os outros!

Que Deus abençoe!"

COLUNISTA

Felipe Antônio Cury, mineiro de Três Corações, reside há mais de 60 anos em São José dos Campos.

Formado em Ciências Jurídicas e Administrativas, pela Fundação Joseense de Ensino, foi Professor de Língua Portuguesa e Comunicação, na Escola Técnica “Olavo Bilac”.

Foi presidente da ACI - Associação Comercial e Industrial de São José dos Campos, por 8 anos, além de ocupar outros importantes cargos em diversas instituições do município.

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Felipe Cury

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