Comprar produtos pelo smartphone e recebê-los em casa em menos de 60 minutos, e a qualquer hora do dia, é a aposta de uma loja virtual localizada em Campinas (SP). Lançada há pouco menos de um ano, o negócio fatura de R$ 50 mil a R$ 60 mil por mês e planeja dobrar esse montante até janeiro do ano que vem.
A Convenié, como foi batizada a empresa, iniciou sua atividade em abril de 2013 quando três colegas, mais três "investidores anjo", aplicaram R$ 450 mil na ideia. Inspirada no RedMart, de Cingapura, um empório virtual que, recentemente, recebeu o aporte de US$ 5,4 milhões (aproximadamente R$ 12,68 milhões), incluindo o dinheiro do brasileiro e cofundador do Facebook, Eduardo Saverin.
Basicamente, a empresa funciona como uma loja de conveniência, 24 horas por dia, só que virtual. A entrega dos produtos é feita em menos de uma hora pela empresa, que cobra pelo serviço uma taxa que varia de R$ 4 a R$ 6, dependendo da distância.
Importante ressaltar que a área de cobertura não é o ponto forte da Convenié. O atendimento e o centro de distribuição ficam no bairro do Taquaral e a abrangência do serviço atende, nesse primeiro momento, um raio de 13 quilômetros, com um público estimado de 400 mil compradores. Mas a proposta da startup, explica o sócio Felipe Fontes, é ampliar essa operação o quanto antes. Para tanto, a ideia é contar com mais quatro unidades: outra em Campinas e mais três em cidades vizinhas, como Vinhedo.
"Tenho procurado investidores no Brasil e no exterior para essa expansão, além de recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)", diz Fontes. "Estimamos um investimento de R$ 300 mil para cada novo centro de distribuição, que esperamos concluir até o final do ano", conta o empresário que, com o movimento, pretende impactar 1,5 milhão de possíveis clientes.
"Criamos um serviço de alta disponibilidade, como se fosse o armário do cliente. Já tivemos clientes que fizeram mais de 100 compras", destaca Fontes, que não descarta a abertura de franquias para ganhar escala.
Mix
Com um portfólio composto por 1,2 mil produtos, entre bebidas, produtos de higiene pessoal e alimentos, o desembolso médio na conveniência é de R$ 40. Cerca de 65% das vendas são realizadas no período noturno e um dos pontos de destaque do e-commerce são os pratos prontos, como yakissoba e pizza assada - que podem ser aquecidos na própria loja.
O preço, conta Fontes, é equivalente aos preços praticados dentro das conveniências de postos de gasolina, assim como os supermercados da região. Mas para Luciana Burger, professora de Marketing Digital da ESPM, os desafios da empresa passam por consolidar a operação e, para isso, os sócios precisam tornar o negócio bom para cidades maiores, como São Paulo, onde há mais dificuldade em termos de logística. "Eles estão vendendo tempo, e as pessoas buscam cada vez mais facilidades para comprar", diz.
Para ela, é preciso avançar rapidamente em volume de entregas e desenvolver fórmulas capazes de ampliar o desembolso médio, para fugir das compras pequenas, que emperram a operação. "Tem que dimensionar muito bem essas questões e ter um alto giro." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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