A estreia do live-action da Barbie estrelado por Margot Robbie, que retrata a famosa boneca, inundou o mercado com a cor rosa característica do brinquedo, levando-a a ser amplamente utilizada em roupas, acessórios e até mesmo em sacos de lixo. Esse fenômeno se estendeu para diversas comidas, desde as tradicionais sobremesas, como bolos e doces, até tapiocas, sushis e biscoitos para pets, criando o que se chamou de "barbiecore", representando a moda e o estilo de vida inspirados na boneca.
+ Receba as notícias do Meon pelo WhatsApp: https://chat.whatsapp.com/GrkfVyt9TgB5kzD9FiFMzi
Essa tendência se popularizou com o uso de corantes, em sua maioria, artificiais. Porém, existe uma preocupação com o uso excessivo desses pigmentos e seus possíveis impactos na saúde. O professor e pesquisador de Nutrição da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Unicamp, Maurício Rostagno, explica que o problema está no excesso, ou seja, na exposição frequente e acima dos níveis seguros desses corantes, o que pode acarretar doenças sérias.
A substância mais utilizada para dar a tonalidade rosa à comida é a eritrosina, um corante rosa-cereja produzido a partir de uma reação química, derivado de um sal sódico. O risco à saúde depende da dosagem e da frequência de consumo, conforme a Ingestão Diária Aceitável (IDA), estabelecida pela Organização Mundial de Saúde. A IDA da eritrosina é de 0,1 mg por quilo de peso corporal. Ou seja, uma pessoa de 60 kg poderia consumir até 6 mg dessa substância durante toda a vida, todos os dias, sem apresentar problemas de saúde. No entanto, ultrapassar esses limites é fácil, especialmente em preparações caseiras, e o uso em excesso pode estar associado a riscos como possíveis alergias, hiperatividade e até mesmo a suspeita de ser cancerígeno.
Uma alternativa mais segura e saudável é optar por corantes naturais para dar cor aos alimentos. Existem várias fontes de corantes naturais, como o carmim cochonilha, obtido a partir de um inseto e utilizado em diversas indústrias, inclusive em maquiagens. Além de serem mais seguros para a saúde, os corantes naturais também não prejudicam o meio ambiente como os sintéticos. No entanto, o desafio é garantir a estabilidade do produto e a duração da cor, pois os corantes naturais tendem a perder a cor com mais facilidade em comparação com os sintéticos. Apesar disso, esforços estão sendo feitos para desenvolver novos corantes naturais a partir de casca de uva e jabuticaba, visando reduzir o consumo de corantes sintéticos preocupantes.
Boleto
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.