Esse dia é considerado “Dia Internacional Contra a Homofobia”, ou posteriormente “Dia Internacional de Luta Contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia ”- que consiste na violência e preconceito contra a comunidade LGBT. A data foi uma forma de promover visibilidade às discriminações que gays, lésbicas, transsexuais e bissexuais sofrem em países do mundo inteiro. Mas por que foi esse o dia escolhido?
Em 17 de maio de 1990, ocorreu um evento de grande importância para o avanço da luta pelos direitos LGBT’s: a OMS (Organização Mundial da Saúde) tomou a decisão de desconsiderar a homossexualidade uma doença mental, retirando o termo “homossexualismo” do CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde). Essa medida auxilia na abolição da ideia de que a homossexualidade trata-se de perversão ou um problema e impediu que inúmeros homossexuais fossem tratados como pessoas que sofrem de patologia mental. Por isso, em 2004, o dia do evento foi escolhido em memória para criar a data de conscientização em torno do assunto.
Entretanto, o fato da data ser recente e a necessidade dela existir ainda perpetuar na contemporaneidade demonstra que a igualdade civil para a comunidade LGBT é um objetivo que está longe de ser alcançado. No Brasil, assim como outros países, problemáticas como o fanatismo religioso contribuem para que homossexuais continuem sendo discriminados, em um cenário no qual existem grupos de pessoas que defendem terapias de reversão de sexualidade com base em preceitos de conversão religiosa, e assim induzem a visão de que a homossexualidade seja um de distúrbio, contrariando a medida tomada pela OMS.
Além disso, os números a respeito da violência decorrente da LGBTfobia na atualidade persistem sendo alarmantes no país. No “Relatório Anual de Mortes Violentas de LGBT no Brasil”, do GGB (Grupo Gay da Bahia), apenas em 2019 ainda foram registradas 329 mortes violentas de LGBT no Brasil, sendo 297 assassinatos e 32 suicídios, significando 1 morte violenta a cada 26 horas. Essa situação é agravada ao considerar a possibilidade de ausência de levantamentos oficiais do Estado e a grande quantidade de casos que não são notificados no país.
Por isso, é importante ressaltar que o Dia Internacional de Luta Contra à Homofobia, Transfobia e Bifobia não é uma data de comemoração, mas sim de conscientização, em um contexto no qual a comunidade LGBT ainda possui sua individualidade discriminada e é violentada apenas por um aspecto de sua personalidade. Com o decreto da data trazido para o Brasil, é possibilitado o debate sobre as decorrências da LGBTfobia e a visibilidade dos dados levantados, trazendo à tona, aos homossexuais, transexuais e bissexuais brasileiros, a esperança de uma realidade no país em que o combate ao preconceito que sofrem não seja mais necessário.
Com supervisão de Giovana Colela, jornalista do Meon Jovem.
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