Voe Alto: Alunos do Instituto Embraer lançam curso online para ajudar estudantes interessados em ingressar no Colégio

Os alunos do Colégio Juarez Wanderley estão à frente do curso gratuito “Voe Alto”, que tem como objetivo oferecer uma preparação e um direcionamento para estudantes interessados em fazer parte do Instituto.

Nesta segunda-feira (16) foi divulgado o edital com os conteúdos e as informações para o vestibulinho do Colégio Embraer. Com isso, vários jovens já se mobilizaram para organizar seus estudos para a prova, que ocorrerá em agosto. Visando direcionar e preparar os concorrentes, os alunos do Colégio, com o auxílio da coordenação, montaram o curso “Voe Alto”, que começará suas aulas neste sábado (21).

A realização do projeto é praticamente feita só pelos alunos, que, além de organizar, também ministrarão todas as aulas. O formato escolhido é o online e o curso será aos sábados para não interferir na rotina dos alunos do cursinho.

Todas as informações sobre o Vestibulinho da Embraer se encontram no site da Fundação Vunesp ou no portal da escola (https://institutoembraer.org.br/br/pt). As inscrições para o curso podem ser feitas no perfil do Instagram @cursinhovoealto.

A seguir, leia a entrevista com Nathan Carlos, aluno do terceiro ano e líder do projeto.

1. De onde surgiu a ideia do cursinho?

“Na verdade, a escola sempre teve projetos com esse viés de ajudar alunos que desejam entrar no colégio…eu não lembro desde que ano essa premissa existe, mas eu lembro que em 2019 teve um projeto parecido. Entretanto, ano passado, o “Dando Asas”, que tinha esse mesmo objetivo, acabou se tornando um projeto independente do colégio. E, dessa forma, veio a necessidade de uma nova iniciativa. Então, desse viés que sempre existiu, mas com a falta de um projeto em ação, surgiu o “Voe Alto”.”

2. Qual a sua maior motivação para o projeto?

“Eu sempre gostei muito de ajudar as pessoas…E, considerando que gosto sempre de estar no meio delas, a minha maior motivação surge nesse desejo de estar impactando a vida dos jovens de alguma forma, porque, para mim, esse é um dos princípios que eu mais carrego na minha trajetória.”

3. Qual é a sensação de vocês poderem oferecer um curso acessível para alunos que talvez não tivessem condições de bancar esse tipo de estudo, sendo que alguns dos estudantes envolvidos no projeto podem já ter passado por essa mesma dificuldade quando pretendiam estudar no Embraer?

“Eu acho que é uma sensação muito gratificante. Até mesmo porque, como você disse, nós passamos por situações parecidas. [...] Passa um filme na minha cabeça sobre amadurecimento, desde quem eu era em 2019, quando eu entrei, até hoje. Eu recebi ajuda na época e hoje poder retribuir com o curso é muito gratificante. Então, para mim, o sentimento que fica é a gratidão.”

4. Como foi o processo de organização do Voe Alto?

“Assim… foi bem complexo, vamos dizer, foi bem corrido. Primeiro, nós captamos as pessoas que queriam participar do projeto. A partir disso, nós organizamos os grupos de cada área, quem iria dar qual aula, quem cuidaria da comunicação e etc. Depois de tudo isso, nós começamos a organizar a parte estrutural do curso: os cronogramas de aula, as inscrições, tudo que envolve a estrutura do projeto. Então, nós partimos para a divulgação e agora o nosso próximo passo é dar início às aulas.”

5. Como funciona a dinâmica entre a participação dos alunos e da coordenação? Vocês recebem alguma ajuda?

“A autonomia é inteira dos alunos. É uma iniciativa dos alunos para os alunos. A ideia surgiu da coordenação, mas, em relação a organização, criação, formulação das aulas e marketing, é de extrema autonomia dos alunos. Tanto é que nós sempre ressaltamos isso com eles nas reuniões.”

6. Você tem alguma mensagem para os estudantes interessados no colégio?

“Uma coisa que eu carrego comigo sempre é a questão da persistência, então, mesmo que eles não venham a passar no colégio e que eles acabem se desanimando por conta disso, nós estamos aqui não só para formar eles como futuros-alunos-do-Colégio-Juarez-Wanderley, nós estamos aqui para formar eles como pessoas que vão buscar os seus sonhos. Então, eu peço para que eles não desanimem frente às dificuldades e não desistam do que eles querem. A gente vai estar aqui para dar todo apoio e energia necessários para que eles atinjam o que eles desejam.”

Com supervisão de Yeda Vasconcelos, jornalista do Meon Jovem.