SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A amigável robô Viki, programada pela Vitalk para ajudar a distensionar as pressões e os conflitos emocionais do dia a dia, virou ferramenta de trabalho de grandes empresas durante a pandemia.
Caso da gigante Johnson & Johnson, que adaptou o conteúdo criado pela startup, disponível gratuitamente para download, a fim de dar suporte psicossocial a enfermeiros, agentes comunitários e parteiros.
Diponibilizado pela companhia há pouco mais de seis meses para 3 milhões de profissionais, a Viki interagiu até agora com 5.600 usuários.
É pouco tempo para termos dados consolidados, mas dá para dizer que cerca de 50% dos que estão na linha de frente dessa rede que criamos apresentam risco aumentado de depressão e ansiedade, diz Regiane Soccol, líder regional da área de Impacto Comunitário Global da Johnson & Johnson Medical Devices, divisão da J&J.
Mensagens como o resultado dos testes e exercícios me levaram a ter consciência da gravidade do meu caso e a correr atrás de auxílio para reverter essa situação ou interagir com você tem me ajudado a lidar com situações que eu não tinha nenhum controle são alguns dos testemunhos da eficácia da ferramenta.
É um ambiente seguro, as conversas acontecem de forma fluida e o chatbot usa instrumentos de avaliação internacional para calcular os riscos de ordem emocional, afirma Regiane.
Além do app, a companhia oferece 7.600 consultas virtuais por meio da health tech Moodar, que também dispõe de um app que reúne psicólogos online. A questão da saúde mental é prioritária para nós.
A executiva acrescenta que a Johnson & Johnson planeja expandir a Viki para a língua espanhola. Estamos satisfeitos com o andamento do projeto e o engajamento dos profissionais.
Um estudo recente realizado pela Johnson & Johnson indica que até 2030 serão necessários no mundo 18 milhões de profissionais de saúde, sendo 10 milhões no seguimento de enfermagem e agentes comunitários.
Esse déficit nos levou a investir no fortalecimento da categoria como parte do nosso compromisso de difundir e elevar os conhecimentos nessa área.
Para Michael Kapps, Ceo da Vitalk, startur que foi um dos 30 destaques do Empreendedor Social do Ano em Reposta à Covid-19, a aceitação da tecnologia é um legado importante.
"Saber que podemos tirar uma parte da carga emocional desses profissionais é uma grande motivação para todo o time continuar produzindo conteúdos de qualidade para o sector, diz ele, premiado na categoria Mitigação dos Impactos da pandemia.
A rede de farmácias Droga Raia também aposta na inteligência artificial da robô com conteúdo próprio para atender sua carteira de clientes.
Com 2.300 unidades em 24 estados, a assistente virtual está no aplicativo da marca, avaliando o nível de estresse e ansiedade do usuário, assim como o risco de depressão.
No Facebook, oferece outros conteúdos, como informações sobre Covid-19 e uma área de compras, ambos programados pela Vitalk.
Segundo o diretor de marketing da rede, Vitor Bertoncini, dos 40 milhões de clientes ativos nos últimos 12 meses, 30 mil interagem com o sistema. Desses 85% aprovam a capacidade da robô. Desde o início da pandemia, a utilização do aplicativo passou de 50 usuários por dia para 300.
No entanto, 10% dos clientes ainda não se acostumaram com a nova dinâmica de relacionamento e desaprovam o produto. A tecnologia veio para ficar, mais ainda temos muito trabalho pela frente.
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