O mercado de otimização para mecanismos de busca vive um momento de transição. Profissionais de marketing digital que há anos dominam as técnicas de search engine optimization (SEO) agora se deparam com uma realidade diferente: a ascensão do generative engine optimization, mais conhecido como GEO. Longe de substituir o SEO, a técnica é uma resposta direta ao crescimento da Inteligência Artificial (IA) generativa no cotidiano digital.
O GEO é compreendido por especialistas como a otimização de conteúdo para sistemas impulsionados por IA generativa, como chatbots, assistentes de voz e mecanismos de busca que utilizam IA para gerar respostas diretas e contextuais. Diferente dos resultados tradicionais baseados em listas de links, esses ambientes priorizam a entrega de informações relevantes e concisas, seja em formato conversacional ou sínteses automáticas do conteúdo disponível na web.
“Você, que precisa vender no ambiente digital, já parou para pensar que hoje a sua estratégia precisa englobar três algoritmos diferentes?”, questiona uma das 20 maiores especialistas em SEO do Brasil e CEO da Experta, Flávia Crizanto. Segundo ela, os profissionais de marketing digital precisam lidar com algoritmos de recomendação, motores de busca tradicionais e as novas IAs que chegaram ao mercado.
No artigo “What is GEO?”, a VP do SEO da Intero Digital, Christina Adame, explica que o foco do GEO é aumentar a visibilidade de conteúdo em mecanismos de busca baseados em IA, como ChatGPT, Perplexity, Gemini, Copilot e Google AI Overviews. “Acompanhar as últimas inovações não é apenas uma escolha, é uma necessidade para a sobrevivência”, avalia.
Como o GEO difere das práticas tradicionais de SEO
A principal diferença entre GEO e SEO está no objetivo final da otimização: enquanto o SEO foca no ranqueamento de páginas nos resultados de busca, o GEO trabalha para tornar o conteúdo compreensível, acessível e relevante para modelos de linguagem generativa.
Com isso, o mercado entra em uma era na qual catálogos deixam de ser apenas listas de itens para se transformarem em conjuntos de dados semânticos “vivos”, prontos para dialogar com IAs. Isso leva a uma série de mudanças na forma que profissionais do ramo estruturam as informações sobre produtos e serviços.
“Dessa forma, uma agência de link building confiável precisa compreender que o GEO não elimina a necessidade de autoridade e relevância, mas adiciona novas camadas de complexidade ao processo de otimização”, analisa Flávia, acrescentando que os sistemas de IA generativa dependem de vastas quantidades de dados para aprender e gerar respostas precisas, e esses dados frequentemente provêm de conteúdo que já foi otimizado para SEO.
“Embora a GEO possa ser considerada uma estratégia de marketing digital com seu próprio conjunto de processos, ela deve ser integrada ao SEO como metodologia básica para aumentar a visibilidade on-line”, afirma Christina.
Especialistas descartam substituição entre técnicas
Contrariando projeções sobre o fim do SEO, especialistas apontam que GEO e SEO funcionam de forma complementar. Os modelos generativos pré-treinados aprendem padrões gerais de domínios durante uma fase inicial, sendo posteriormente refinados por meio de aprendizado por reforço baseado em sinais de recompensa oriundos de metas humanas.
“Não é fácil mudar, mas nós, profissionais de SEO, vamos precisar repensar nossas métricas e relatórios”, destaca Flávia. A fundadora da Experta explica que, tradicionalmente, o SEO se baseava em posicionamento de palavras-chave e tráfego, mas agora surgem novos desafios com a diminuição de cliques causada pelos resultados de IA no próprio Google.
Segundo ela, os profissionais que trabalham em agência com consultoria de SEO têm observado que uma estratégia robusta funciona como espinha dorsal para qualquer iniciativa de GEO. “Sem boa indexação pelos motores de busca tradicionais, conteúdos podem permanecer invisíveis tanto para resultados convencionais quanto para sistemas de IA generativa.”
Consumidores migram para interfaces conversacionais de compra
Um dos setores mais afetados pela chegada do GEO é o e-commerce. Os consumidores estão utilizando cada vez mais interfaces conversacionais para buscar produtos, comparar opções e tomar decisões de compra dentro de ambientes de IA generativa.
Essa mudança comportamental exige que os varejistas estruturem seus catálogos com descrições claras, completas e organizadas, de forma que modelos de linguagem possam interpretá-las facilmente. O objetivo passa a ser tornar ofertas “indexáveis” por linguagem natural, compreensíveis em contextos variados e em frases que “imitam” como pessoas realmente falam ou perguntam.
“À medida que o comportamento de busca evolui, alcançar maior visibilidade nas respostas geradas por IA é fundamental para que a marca seja descoberta nesta nova era do marketing digital”, pontua Christina. “Não se trata apenas de ser visto, mas de engajar potenciais clientes e público, independente de onde eles comecem sua jornada de busca”, completa.
Sistemas de IA, ao buscar respostas para consultas dos usuários, privilegiam fontes que demonstram credibilidade estabelecida. Sabendo disso, uma agência de digital PR especializada encontra terreno fértil para aplicar estratégias mais sofisticadas de construção de autoridade. A lógica é direta: menções qualificadas distribuídas em múltiplos canais amplificam a visibilidade de uma marca e, com isso, criam os alicerces necessários para que algoritmos de IA a identifiquem como referência quando respondem às perguntas dos usuários.
Os movimentos também exigem atenção, já que configurações inadequadas entre diferentes sistemas de otimização podem impedir o acesso de bots dos buscadores ou bloquear a indexação de páginas essenciais. Segundo Flávia, o caminho para que as estratégias continuem a dar resultados é, além de diagnóstico, também as tradicionais etapas de acompanhamento, aplicação e mensuração.
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