Brasil

MP aponta que líder do PCC, vive há mais de 10 anos em mansões na Bolívia

Sérgio Luiz de Freitas Filho é conhecido como “Mijão”

Escrito por Meon

08 SET 2025 - 08H51 (Atualizada em 08 SET 2025 - 09H39)

reprodução

Apontado pelo Ministério Público como o principal líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) em liberdade, Sérgio Luiz de Freitas Filho, de 45 anos, conhecido pelos apelidos “Mijão”, “Xixi” ou “2X”, vive há mais de uma década em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, cercado de luxo e protegido por sistemas de segurança em condomínios de alto padrão.

Documentos obtidos pelo Fantástico mostram que Sérgio já ocupou ao menos seis mansões na cidade boliviana. Em uma delas, o aluguel chegava a quase R$ 30 mil mensais. As propriedades contavam com quadra de tênis, de futebol, piscinas e até um lago.

Segundo o promotor Lincoln Gakiya, Sérgio foi enviado à Bolívia por Gegê do Mangue, antigo chefe da facção, para supervisionar o envio de pasta base de cocaína ao Brasil. Desde então, consolidou-se como um dos principais articuladores da organização.

Trajetória no crime

Natural de Campinas (SP), Sérgio começou a trabalhar cedo em uma metalúrgica e chegou a ser sócio de uma pequena usinagem. Em 2013, já era investigado após alerta do DEA, órgão antidrogas dos EUA, sobre quadrilhas atuando entre Brasil, Paraguai e Bolívia.

Mesmo foragido, circulava livremente no Brasil. Foi visto em jogos da Ponte Preta, no Guarujá, e em conversas sobre compra de fuzis e lavagem de dinheiro. Em Santa Cruz, mantém vida de festas e ostentação, registrada em vídeos compartilhados por amigos.

Refúgio do PCC na Bolívia

A cidade se tornou reduto de líderes do PCC. Além de Sérgio, nomes como Fuminho, André do Rap, Tuta e o próprio Gegê do Mangue (assassinado em 2018) já se esconderam ali. Investigações apontam ainda uma rede de corrupção que garante proteção a criminosos.

“O PCC usa a Bolívia como um hub, um local onde não são incomodados”, afirmou o promotor Gakiya. “Alguns chegam a manter restaurantes e boates como fachada.”

Fortuna bilionária e impunidade

Entre 2018 e 2019, o núcleo comandado por Sérgio teria movimentado mais de R$ 1 bilhão. Apesar de figurar na difusão vermelha da Interpol, segue em liberdade. Fotos recentes mostram o foragido com filhos e a atual companheira em um condomínio de luxo.

Para autoridades brasileiras, a prisão de Tuta, em maio deste ano, comprova a cooperação com a Bolívia. Mas jornalistas locais afirmam que a corrupção no país vizinho ainda é um obstáculo para capturar os chefes da facção.

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