A recente proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para adotar medidas de "comércio justo e recíproco", colocando o etanol brasileiro sob vigilância, gerou apreensão entre os produtores do Brasil. Trump revelou nesta quinta-feira (13) planos para estabelecer um comércio mais equilibrado, o que inclui uma possível sobretaxa ao etanol brasileiro.
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Evandro Gussi, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), expressou sua insatisfação em relação à proposta e apontou um problema já persistente: a grande dificuldade para o Brasil exportar açúcar para os EUA devido à elevada tarifa existente. “A tarifa sobre o açúcar brasileiro ultrapassa 100%, tornando nossas exportações inviáveis”, explicou Gussi.
Além disso, ele enfatizou a superioridade ambiental do etanol brasileiro, que possui uma pegada de carbono muito menor em comparação ao etanol americano. “Enquanto o etanol americano emite mais de 60 gramas de CO2 por unidade de energia, o etanol brasileiro está em torno de 20 gramas, uma diferença substancial que demonstra nossa liderança em sustentabilidade", destacou o executivo.
Gussi lamentou que essa possível medida de sobretaxação vá contra os esforços globais para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Apesar dos EUA representarem uma fatia significativa das exportações brasileiras de etanol, o diretor da Unica reforçou que o debate vai além do impacto econômico imediato e envolve a questão ambiental.
Embora a proposta de tarifação possa afetar as exportações, Gussi acredita que estados como a Califórnia, que valorizam a sustentabilidade, podem continuar a importar o etanol brasileiro. Ele também se mostrou otimista quanto ao apoio do governo brasileiro, destacando as iniciativas mais recentes que reconhecem o valor ambiental da bioenergia do país, como a Lei do Combustível do Futuro e o marco do hidrogênio.
“Tenho plena confiança de que o governo brasileiro continuará a trabalhar para enfrentar essas barreiras comerciais e a defender os interesses do setor sucroalcooleiro”, afirmou Gussi. Essa situação levanta questionamentos sobre o real compromisso com o livre comércio entre os dois países, considerando as barreiras já presentes para outros produtos brasileiros nos EUA.
À medida que os diálogos comerciais avançam, o Brasil permanece atento às possíveis implicações dessa medida, tanto para a economia quanto para o meio ambiente.
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