Poucas horas antes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos em Paris, os trens de alta velocidade que ligam a cidade a outras regiões da França e a outros países foram alvo de um ataque, segundo autoridades francesas.
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Apesar dos atrasos e cancelamentos, a abertura das Olimpíadas seguirá conforme o planejado.
O ataque ocorreu durante a madrugada, com roubo e incêndio de cabos de fibra óptica essenciais para a segurança dos trens, informou a imprensa internacional. Isso paralisou a maior parte dos Trens de Alta Velocidade do sistema TGV.
Os TGVs conectam Paris a várias cidades francesas e a outros países europeus. Com viagens de poucas horas, os ataques impactaram aqueles que planejavam chegar à capital francesa para a abertura das Olimpíadas. As linhas mais afetadas foram as que ligam Paris a cidades como Lille, Bordeaux e Estrasburgo.
A rede Eurostar, que conecta Londres a Paris, também foi afetada, assim como os trens que vêm da Bélgica. Estima-se que mais de 800 mil pessoas foram prejudicadas pelos ataques. Com menos de oito horas para o evento, marcado para 19h30 no horário local (14h30 no horário de Brasília), muitos enfrentaram filas e cancelamentos nas estações.
Jean-Pierre Farandou, presidente-executivo da SNCF, disse à imprensa que não há prazo para resolver o problema, pois a manutenção dos cabos deve ser feita manualmente, exigindo centenas de trabalhadores.
Nas redes sociais, a SNCF informou que está tentando normalizar o serviço, mas não deu um prazo para a retomada completa dos trens, chegando a pedir que as pessoas cancelassem suas viagens.
Reação das autoridades
As autoridades francesas chamaram o ataque de "ação criminosa" e estão investigando os responsáveis. Até o momento, ninguém foi preso. O ministro dos Transportes, Patrice Vergriete, condenou os atos e afirmou estar trabalhando para restaurar o tráfego. "Atos coordenados atingiram várias linhas do TGV na noite passada e irão perturbar gravemente o tráfego até este fim de semana. Condeno veementemente estas ações criminosas", postou.
A ministra dos Esportes, Amélie Oudéa-Castera, também condenou o ataque e disse estar trabalhando para garantir o transporte das delegações. "Jogar contra os Jogos é jogar contra a França", declarou à televisão BFM.
O chefe da polícia de Paris, Laurent Nunez, informou que enviará reforços para as estações ferroviárias, que estão lotadas devido aos ataques, concentrando seu pessoal nas estações parisienses.
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