A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga irregularidades no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ouve nesta quinta-feira (25) o depoimento de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”.
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Apontado pela Polícia Federal como um dos principais articuladores de um esquema de fraudes bilionárias envolvendo aposentadorias e benefícios sociais, ele está preso desde o último dia 12 de setembro e deve responder a questionamentos de parlamentares sobre a extensão de sua atuação.
A presença de Antônio Carlos diante da comissão ocorre após uma série de embates judiciais. Convocado para depor no dia 15 de setembro, ele não compareceu à sessão depois de decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, que entendeu não ser obrigatória sua ida ao colegiado.
Ainda assim, os parlamentares aprovaram a convocação de familiares do empresário, entre eles a esposa, Tânia Carvalho dos Santos, e o filho, Romeu Carvalho Antunes, ambos suspeitos de movimentações financeiras consideradas atípicas pelos investigadores.
O caso também envolve outras figuras de peso. O advogado Nelson Wilians Fratoni Rodrigues teve seu nome incluído no inquérito e teve prisão preventiva decretada, além da quebra de sigilos bancário e fiscal. Em outra frente, a Polícia Federal prendeu o empresário Maurício Camisotti, acusado de se beneficiar diretamente dos desvios em associações ligadas a aposentados e pensionistas do INSS.
As investigações apontam que o grupo teria criado uma rede de entidades de fachada e usado mecanismos legais e burocráticos do sistema previdenciário para desviar recursos públicos. Estima-se que centenas de milhões de reais possam ter sido movimentados irregularmente. O depoimento de hoje é visto pelos integrantes da CPMI como uma oportunidade de esclarecer detalhes do funcionamento da fraude e identificar novos envolvidos, incluindo possíveis conexões políticas e institucionais.
A expectativa é de que as declarações de Antônio Carlos possam impulsionar a adoção de novas medidas legais, como prisões adicionais, quebras de sigilo e encaminhamentos ao Ministério Público. No entanto, há o risco de que a sessão seja marcada por omissões, uma vez que a defesa já sinalizou a possibilidade de o empresário recorrer novamente ao STF para evitar responder a perguntas que possam incriminá-lo.
O caso ganhou grande repercussão porque atinge diretamente a previdência social, um dos pilares do sistema de proteção do Estado brasileiro. As fraudes investigadas afetam recursos destinados a aposentados, pensionistas e pessoas em situação de vulnerabilidade, aumentando a pressão por resultados concretos da CPMI.
Embora a comissão não tenha poder de punição, seu papel investigativo é fundamental para levantar provas e encaminhar as conclusões às instâncias competentes.
A expectativa, no Congresso e na sociedade, é de que a apuração não se limite a disputas políticas e que os responsáveis sejam, de fato, responsabilizados judicialmente. O depoimento do “Careca do INSS” pode ser um ponto de virada nesse processo, dependendo da disposição do investigado em colaborar ou do rigor dos parlamentares em conduzir a oitiva.
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