Aprovação ao tucano é maior entre os mais escolarizados e com maior renda

A taxa de aprovação do governo Felicio Ramuth (PSDB) é maior entre os eleitores mais jovens, mais escolarizados e com maior renda, aponta pesquisa Meon/Mind.

Entre os eleitores com até 24 anos, o tucano obtém 41,1% de 'ótimo' e 'bom'.

O índice chega a 35,5% entre os que possuem ensino superior e 39% entre os que concluíram o Ensino Médio.

Na análise por renda familiar, Felicio é aprovado por 43,1% entre os que ganham acima de cinco salários por mês.

Na análise por regiões geográficas, o tucano obteve seu melhor resultado na zona oeste, que reúne bairros nobres como Urbanova, Jardim das Colinas e Jardim Aquarius: 50%.

Contraponto

Em contrapartida, o atual governo tem suas maiores taxas de rejeição entre os eleitores com idade entre 45 e 59 anos (11,4% de 'ruim' e 'péssimo') e aqueles que concluíram somente o Ensino Fundamental (13,3%).

A taxa de reprovação alcança 14,5% na faixa com renda familiar de até dois salários mínimos por mês.

O pior desempenho de Felicio entre todas as estratificações feitas pela Mind, porém, foi na região sudeste, onde chega a 17,9% de 'ruim' e 'péssimo'.

Felicio durante reunião do conselho da RMVale

Cláudio Vieira/PMSJC

Voto e veto

Dos eleitores que votaram em Felicio na última eleição, 48,2% consideram seu governo 'ótimo' ou 'bom'.

A maior rejeição ao tucano vem dos eleitores do ex-prefeito Carlinhos Almeida (PT), segundo colocado nas urnas: 21,2% destes avaliam a gestão de Felicio como 'ruim' ou 'péssima', segundo a pesquisa. 

"Essa aprovação cresce entre os eleitores mais escolarizados e aqueles com maior renda, os formadores de opinião, e cai entre os mais pobres e os menos escolarizados, que são os que mais dependem dos serviços públicos", disse Alexandre Lima, diretor-presidente da Mind Pesquisas.

"O resultado também traz alguns reflexos da polarização histórica entre PSDB e PT em São José. Há uma divisão muito clara."

A pesquisa foi realizada no último dia 12, após os 100 primeiros dias de governo de Felicio. Foram ouvidas 400 pessoas nas ruas e em entrevistas domiciliares. A margem de erro é de cinco pontos percentuais para mais ou para menos.