A indústria bélica Avibras afirmou, na noite desta segunda-feira (28), que a venda da empresa está sendo negociada com um investidor brasileiro. O nome do investidor e o valor do negócio não foram revelados.
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Segundo a Avibras, na última sexta-feira, dia 25 de outubro, o investidor brasileiro assinou um acordo com a empresa, para adquirir o controle da companhia, o que a indústria bélica, que vive uma crise, classificou como um avanço significativo no “processo de recuperação financeira”.
Apesar da assinatura, a Avibras informou que a conclusão do negócio ainda depende de outros fatores, com o cumprimento de condicionantes estabelecidas em contrato.
Ainda segundo a Avibras, nesta fase, estão sendo seguidas as etapas necessárias “para concretizar e validar a aquisição, com o intuito de restabelecer as operações da companhia”.
Por fim, a Avibras destacou que “a assinatura do acordo representa um marco importante no processo de reestruturação da empresa” e que o investidor brasileiro e a indústria bélica “estão trabalhando de forma colaborativa para concluir a transação".
Sindicato faz assembleia com trabalhadores
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região vai realizar uma assembleia, nesta terça-feira (29), às 18h30, com os trabalhadores da Avibras Indústria Aeroespacial. Estará em discussão o anúncio feito pela empresa sobre a assinatura de um acordo para a aquisição do controle da companhia por um investidor brasileiro. A assembleia será na sede do Sindicato, localizado na Rua Maurício Diamante, 65, Centro.
Nas redes sociais, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, que representa os trabalhadores da Avibras, informou que tomou ciência do acordo da indústria com um grupo brasileiro e disse que realizará uma assembleia com os funcionários nesta terça-feira (29), para debater a situação.
A Avibras está em recuperação judicial há dois anos e os funcionários estão em greve quase que o mesmo período. Eles estão sem receber salários há pelo menos 18 meses, de acordo com o Sindicato.
Negociações
Em abril, a Avibras anunciou que a empresa DefendTex, da Austrália, estava negociando a aquisição da indústria bélica. Na época, a Avibras disse que a negociação estava avançada e visava a sua recuperação econômica.
No entanto, no fim de julho, a Avibras emitiu um novo comunicado informando que a DefendTex não cumpriu as condições para adquirir a empresa no prazo estabelecido e acrescentou ainda que a empresa australiana não tem mais exclusividade nas negociações.
As negociações são uma tentativa de recuperar a situação econômico-financeira da Avibras, além de retomar as operações, paralisadas há mais de dois anos.
Na época, a empresa bélica brasileira afirmou ainda que continuava apoiando os esforços da DefendTex e disse que já reiniciou negociações com outras empresas.
Crise e recuperação judicial
Em 22 de março de 2022, a Avibras pediu recuperação judicial, alegando uma dívida de R$ 600 milhões. Em julho de 2023, credores aprovaram o plano de recuperação judicial da empresa.
A recuperação judicial serve para evitar que uma empresa em dificuldade financeira feche as portas. É um processo pelo qual a companhia endividada consegue um prazo para continuar operando enquanto negocia com seus credores, sob mediação da Justiça.
Nesse cenário de crise, cerca de 400 funcionários da Avibras encerraram em maio o período de layoff (suspensão temporária do contrato de trabalho) na empresa e iniciaram o período de licença remunerada em junho.
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