A Embraer dispensou do trabalho todos os funcionários da fábrica de São José dos Campos e da unidade de Taubaté nesta sexta-feira (28), dia em que as principais centrais sindicais do país prometem liderar uma greve geral em protesto contra as reformas Trabalhista e Previdenciária.
Em comunicado enviado nesta quinta-feira (27) aos trabalhadores, a empresa alega que tomou a decisão “diante das constantes ameaças à integridade física e à segurança” dos empregados, “divulgadas ao longo da semana pelo Sindicato dos Metalúrgicos”.
“Essa decisão visa exclusivamente proteger nossas pessoas, apesar do prejuízo que isso trará para as operações da empresa”, diz a mensagem.
A Embraer informou ainda que a folga desta sexta-feira será compensada futuramente.
Confira a íntegra da nota da empresa:
"A Embraer informa que tomou a decisão de liberar seus empregados das unidades da empresa em São José dos Campos e Taubaté do trabalho no dia de amanhã (sexta-feira, 28). A decisão foi tomada diante das constantes ameaças à integridade física e à segurança dos empregados que vêm sendo divulgadas ao longo da semana pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região. As demais unidades e escritórios no Brasil terão expediente normal.
Essa decisão visa exclusivamente a proteger as pessoas, a despeito do prejuízo que isso trará para as operações da empresa nas unidades afetadas. Futuramente, a Embraer vai decidir sobre a forma de compensação dessas horas.
A Embraer não participa de atos de fundo político, mas respeita o direito de todos à livre associação e manifestação. Entretanto, a empresa repudia veementemente qualquer ação de intimidação, ameaça ou violência que cerceie o direito constitucional de ir e vir, como as que vêm sendo reiteradamente praticadas pelo Sindicato do Metalúrgicos de São José dos Campos e Região."
Entrada de funcionários na Embraer
Arquivo/Meon
Outro lado
Herbert Claros, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, negou que a entidade esteja fazendo ameaças aos funcionários para pressionar a categoria a aderir à greve.
“Vários supervisores [da empresa] ameaçaram os trabalhadores dizendo que deveriam entrar mais cedo e ameaçando descontar as horas da greve geral”, afirmou.
“A força dos trabalhadores e a vontade de lutar por um país mais justo mostrou, inclusive, à Embraer que era necessário recuar da sua política de assédio e pressão sobre os trabalhadores”, afirmou.
Atualmente, a Embraer tem cerca de 12.000 funcionários em São José e Taubaté.
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