Bolem de ocorrência foi registrado na Diju pelo colegio dos alunos
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A mãe do adolescente espancado na porta da escola Moabe Cury, em São José dos Campos, contou que o filho já sofria bullying dos colegas de classe há meses. A agressão aconteceu na tarde do último dia 24 de agosto.
A mulher, que preferiu não se identificar, também relatou que foi a seis delegacias de polícia para tentar realizar o Boletim de Ocorrência. A mãe disse que recorreu ao 7° DP, 3° DP, 1°DP, DDM (Delegacia da Mulher) e Diju (Delegacia da Infância e Juventude). Somente quando voltou ao 1° DP foi informada pelo delegado de plantão que o B.O. já havia sido realizo pelo colégio.
“Quando o delegado me contou que a escola já havia realizado o B.O. questionei como eles fizeram o documento sem a presença do responsável da vítima. Nada me foi explicado, o delegado só me deu uma cópia do boletim e entregou o papel para realizar o exame de corpo de delito”, revelou a mãe.
De acordo com a mãe do adolescente, a confusão teve início quando o jovem foi jogar um livro para o colega e acertou um dos agressores. A briga começou em sala de aula e, minutos depois, os estudantes foram levados à direção do colégio.
A diretoria chegou a separar os alunos dentro da escola. No horário de saída cada um utilizou um portão diferente para evitar o contato entre eles. Os três jovens acusados pela agressão, no entanto, encontraram a vítima e iniciaram a discussão.
“Meu filho está traumatizado com toda a agressão e não quer voltar para o colégio. A escola não ofereceu apoio psicológico para o menino e só me falou que os agressores estão arrependidos. Meu filho não vai voltar a frequentar essa escola”, afirmou a mãe do adolescente.
A mãe do menino agredido também cobrou por mais segurança nos arredores do colégio estadual. De acordo com ela, não é comum ver a presença de policiais passando pelo bairro no horário de entrada e saída dos alunos.
A mãe do menor disse ainda que ela deve ir à escola nesta quarta-feira (5) para pegar uma guia de transferência. Ela ainda não sabe para qual unidade de ensino o seu filho será encaminhado.
Outro lado
O diretor do Deinter 1 (Departamento de Polícia Judiciário do Interior), delegado Célio José da Silva, informou que não sabe o que aconteceu para que a mãe precisasse passar por seis delegacias e que esse não é o procedimento adequado da Polícia Civil.
Segundo ele, assim que a Polícia Civil tomou conhecimento da ocorrência registrou o caso na delegacia especializada, e que o B.O. pode ser feito pela internet. O diretor do Deinter também relatou que se houve equívoco por parte da corporação estão prontos para orientar melhor os policiais.
Conselho Tutelar
O Conselho Tutelar de São José dos Campos informou que, em casos de agressão, quando os responsáveis não conseguem registrar a ocorrência, o órgão pode ser acionado para proteger os direitos da criança ou adolescentes.
"Os pais podem procurar uma unidade do Conselho Tutelar para cobrar as autoridade competentes", disse o conselheiro tutelar Rogério Bastos.
Boleto
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