Edital é contrapartida para lei que proíbe apresentações nos semáforos
Pedro Ivo Prates/Meon
Oito artistas se inscreveram para o edital lançado pela FCCR (Fundação Cultural Cassiano Ricardo) para cadastramento dos artistas de rua em São José dos Campos.
Todos os inscritos serão contemplados na lista que a fundação divulga até o fim desta terça-feira (21). Cada um deles receberá um valor de R$ 30 por hora de apresentação.
De acordo com o diretor cultural da FCCR, Agenor Carvalho, este número deve crescer, já que cerca de seis pessoas enviaram inscrição quando o prazo já tinha terminado.
“Já que tivemos algumas pessoas que nos enviaram a inscrição fora do prazo, vamos abrir um segundo edital, com as mesmas exigências e valores do primeiro, para contemplar esse artistas. Se tivermos mais seis novos contemplados, chegamos a um número expressivo para um primeiro edital ”, afirma.
Reunião
Carvalho afirma que os primeiros oito contemplados terão liberdade para realizar suas agendas. O próximo passo após a publicação dos selecionados será estabelecerlocais, horários, datas e tempo de duração das apresentações.
“Esse processo será completamente realizado em parceria com os artistas. O edital não estabelece nem um mínimo nem um máximo de horas trabalhadas, mas nossa sugestão será de 30 horas semanais, que consideramos uma boa média”, explica.
Os locais de apresentação dos artistas devem variar entre casas de cultura, feiras livres e eventos da prefeitura.
Os artistas selecionados receberão equipamentos para identificação e demarcação do espaço onde irá acontecer a apresentação.
Vídeo foi obstáculo
De acordo com o artista circense Anthony Aquino, a exigência mais difícil de cumprir das que foram especificadas no edital é a gravação do vídeo com apresentações.
“Eu mesmo precisei ajudar quatro colegas gravando suas apresentações. O pessoal ficou com um pouco de dificuldades nessa etapa. Mas, em geral, acredito que o edital foi simples para inscrição”, afirma.
Polêmica
Sancionada em junho, a ‘Lei dos Malabares’, como ficou conhecida, proíbe, entre outras práticas, apresentações dos artistas de rua nos semáforos.
Como contrapartida, a FCCR se comprometeu a abrir um edital para cadastrar e remunerar os artistas. O valor, entretanto (R$ 30 por hora),foi alvo de críticas da classe.
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