Mesmo durante o crescimento dos aplicativos de streaming os índices de pirataria continuam aumentando cada vez mais. Porém, para entender esse fenômeno é necessário voltar algumas décadas no tempo, para a época de ouro dos videogames e camelôs, época em que essa prática ficou bastante comum entre a população.
Durante esse período, muitas pessoas procuravam por videogames “desbloqueados” para que fosse possível rodar os jogos “pirateados” no console. Vale ressaltar que, na maioria dos casos, o cliente estava ciente que o produto comprado era de procedência duvidosa, e mesmo assim comprava. Isso comprova que, no caso do Brasil, o “apoio” à falsificação era forte pois era para muitos uma espécie de última escolha, sendo uma opção mais viável com base apenas no preço.
Entretanto, os costumes não mudaram muito de lá para cá. Atualmente, tal prática se tornou habitual devido à praticidade que traz. Por exemplo, no caso dos aplicativos de streaming, o grande número de apps com essa proposta acarreta na difusão dos conteúdos, transformando uma atividade supostamente relaxante em uma experiência estressante. Além da facilidade gerada ao compilar todas as séries, filmes e documentários em um só lugar, os sites ilegais são gratuitos, influenciando diretamente na receita das grandes empresas.
No dia 03 de dezembro o Brasil comemora o dia Nacional de Combate à pirataria, instaurado pela lei nº 11.203/2005, o objetivo principal é chamar a atenção da população para os riscos ao comprar produtos “pirateados” como também para os prejuízos à saúde, segurança, marcas e governo.
O governo brasileiro causa uma grande pressão sobre os contrabandistas, derrubando sites e prendendo mercadorias, porém não é o suficiente. A divulgação de produtos falsificados acontece de maneira rápida, e muitas vezes imperceptível para as autoridades, dificultando o controle.
Por outro lado, sem a influência da pirataria uma parcela grande da sociedade não conseguiria ter acesso a obras importantes como a saga Velozes e Furiosos ou filmes como Wall E, Vida de Inseto e a Fuga é das Galinhas que trazem críticas relevantes para a sociedade atual.
Uma consequência séria e preocupante desse fenômeno é a exclusão econômica, que ocorre quando indivíduos de uma certa camada da população são excluídos do acesso a alguns produtos, fazendo com que o sujeito seja quase excluído do convívio social.
Existe uma pequena discussão sobre não piratear livros nacionais, porém, após uma análise ampla é possível perceber que os autores brasileiros são as maiores vítimas dessa prática, pois não se considera o fato de que muitas editoras nacionais estão preocupadas apenas com o lucro, ou seja, acabam investindo somente em obras famosas internacionalmente, para gerar uma receita favorável.
Desse modo, ignorando (muitas vezes quase que completamente) escritores brasileiros com propostas criativas, justamente pela insegurança em relação ao lucro. Por fim, percebe-se que existe um ciclo vicioso nesse mercado, que precisa ser quebrado urgentemente para que seja possível propagar as inovações do meio literário brasileiro.
Com supervisão de Yeda Vasconcelos, jornalista do Meon Jovem.
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